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Estado de Minas

Delator de esquema no Esporte diz que negociou sil�ncio


postado em 18/10/2011 09:52 / atualizado em 18/10/2011 09:55

Em entrevista exclusiva ao Jornal O Estado de S. Paulo, o policial militar Jo�o Dias Ferreira contradisse a vers�o do ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), sobre o encontro entre os dois e deu mais detalhes do esquema de corrup��o na pasta. Ferreira afirmou que o ministro prop�s pessoalmente, numa reuni�o em mar�o de 2008 na sede do minist�rio, um acordo para que os desvios de verba envolvendo o Programa Segundo Tempo n�o fossem denunciados.

“O encontro foi na sala de reuni�o dele, no s�timo andar do minist�rio”, detalhou o policial.

Nas declara��es sobre o caso, a �ltima concedida ontem � tarde, o ministro afirmou ter se encontrado com Ferreira apenas uma vez entre 2004 e 2005, para discutir conv�nios das entidades dirigidas pelo policial com o Minist�rio do Esporte. Na �poca, Orlando era secret�rio executivo e Agnelo Queiroz - hoje governador do Distrito Federal pelo PT -, o ministro da pasta. “Foi a �nica vez que encontrei essa pessoa”, disse o comunista.

O policial militar, por�m, garante que esse encontro quase protocolar mencionado por Orlando jamais ocorreu. Segundo Dias, o “verdadeiro” encontro ocorreu em outro momento. “N�o existe essa reuni�o. O ministro faltou com a verdade. Ele esteve comigo uma vez para fazer um acordo com o pessoal dele para eu n�o denunciar o esquema”, afirmou ao Estado.

Ferreira deu detalhes do encontro que diz ter tido com o ministro do Esporte em mar�o de 2008 para negociar o sumi�o de R$ 3 milh�es dos conv�nios do governo com sua entidade. “O acordo era para que eles tomassem provid�ncias internas, limpassem meu nome e eu n�o denunciaria ao Minist�rio P�blico o esquema”, afirmou.

C�pula

Na entrevista, o policial contou que, al�m do ministro, membros da c�pula do minist�rio estavam presentes nesta reuni�o. “O Orlando disse para eu ficar tranquilo, que tudo seria resolvido, que n�o faria esc�ndalo. Eu disse que se isso n�o fosse feito eu tomaria todas as provid�ncias e denunciaria o esquema”, afirmou Ferreira. “E eu disse na reuni�o que descobri todas as manobras, a liga��o dos fornecedores do Programa Segundo Tempo com o PC do B.”

Segundo ele, as entidades tinham que dar 20% dos recursos para o PC do B, partido de Orlando Silva.

O policial reafirmou as acusa��es de desvio da pasta e contou um pouco mais sobre o esquema: “Voc� protocola o projeto, passa para an�lise, depois passa por um diretor no minist�rio, e nesse termo a primeira negocia��o � feita. Em seguida, vai para o jur�dico, e � outra negocia��o. Volta e a� tem o partido para negociar”.

O policial disse que, no encontro com Orlando Silva em mar�o de 2008, negociou com ele a produ��o de um documento falso para selar o acordo com o governo. “Nessa reuni�o com o Orlando, eles falaram em produzir um documento sem data. Ele foi pr�-produzido e consagrado. A reuni�o foi em mar�o, mas eles colocaram um documento com data de dezembro de 2007 dizendo que eu encerrava o conv�nio. � um documento fraudado”, disse Jo�o Dias.


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