Na carta em que justifica sua aus�ncia em audi�ncia nesta quarta-feira na Comiss�o de Fiscaliza��o e Controle da C�mara, o policial militar Jo�o Dias Ferreira afirmou que os �ltimos acontecimentos relativos � crise no Minist�rio do Esporte "esvaziaram o prop�sito" de seu depoimento. Ele se coloca como v�tima do esquema e acusa o ministro Orlando Silva de desvio de recursos no programa Segundo Tempo.
"Considero que os �ltimos acontecimentos referentes � crise no referido minist�rio esvaziaram o prop�sito de meu comparecimento perante esta ilustre comiss�o. Desde o in�cio, coloquei-me � disposi��o para expor detalhes do esquema do qual fui, juntamente com a popula��o brasileira, uma v�tima", diz Jo�o Dias Ferreira.
A carta enviada � comiss�o � diferente de uma nota enviada � imprensa por um dos advogados do policial militar. Na vers�o distribu�da por e-mail a alguns jornalistas, a defini��o de Jo�o Dias Ferreira como "v�tima" foi suprimida. O policial � acusado de fraudes em dois conv�nios de ONGs que comanda com o Minist�rio. A pasta cobra dele o ressarcimento de cerca de R$ 3 milh�es aos cofres p�blicos.
Diante da aus�ncia de Jo�o Dias, a sess�o foi aberta pelo presidente da comiss�o, S�rgio Brito (PSC-BA), e deputados do governo e da oposi��o se dividiram entre o ataque e a defesa do ministro Orlando Silva, que pode deixar o cargo nesta tarde. O advogado do ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, estava presente. Segundo ele, Orlando pediu que acompanhasse a audi�ncia para colher mais elementos para os processos que mover� contra Jo�o Dias Ferreira. Para Kakay, o policial militar se acovardou ao desistir de comparecer � comiss�o.