O an�ncio do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B-SP) - por determina��o do Planalto - de que n�o pretende mais fazer conv�nios com ONGs, "mas sim com prefeituras", deixou indignados os respons�veis pela Associa��o Brasileira de Organiza��es N�o Governamentais (Abong). "� uma covardia, uma falsa solu��o", reagiu a educadora Vera Masag�o, uma das diretoras da entidade, que abriga cerca de 250 ONGs de todo o Pa�s.
Se houve erro, diz Vera Masag�o, "foi de gestores do partido dele, ministro, que n�o se interessou por fazer chamadas p�blicas, n�o fiscalizou, n�o acompanhou os programas". E acrescentou: "Temos um problema sist�mico, que � a falta de controle. Essa atitude do ministro mostra apenas que a corda sempre rompe pelo elo mais fraco".
A Abong n�o est� falando sozinha. Ontem de manh�, um amplo grupo de federa��es de ONGs, que al�m dela inclui a C�ritas e o Conselho Latino-Americano de Igrejas, divulgou uma "Carta Aberta � Presidente Dilma" na qual diz temer "que a maioria das organiza��es sem fins lucrativos seja penalizada injustamente". O documento cobra da presidente uma promessa feita quando candidata, em outubro de 2010. Ela falou em "constituir um grupo de trabalho", composto por governo e entidades civis, para "elaborar com a maior brevidade poss�vel, no prazo m�ximo de um ano", uma proposta de legisla��o. No meio da tarde, o MST, o Movimento dos Atingidos por Barragens e outras entidades subscreveram a carta.