O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quinta-feira ideia de que a presidente Dilma Rousseff reduza o n�mero de pastas na reforma ministerial, prevista para janeiro de 2012. O ex-presidente, que participou do semin�rio Ra�a e Cidadania no Brasil: A Quest�o das Cotas, no Instituto Fernando Henrique Cardoso, avaliou que foram criados muitos minist�rios pelo atual governo, o que dificulta uma boa administra��o.
“Eu sou a favor, e acho que foram criados muitos minist�rios”, respondeu Fernando Henrique, ao ser indagado se era favor�vel � redu��o do total de pastas na Esplanada. “� dif�cil administrar com tantos minist�rios”. O ex-presidente n�o quis, contudo, dar sugest�es sobre quais pastas devem ser extintas na reforma ministerial. “Isso � uma quest�o t�cnica, eu n�o posso dizer”, esquivou-se.
A presidente Dilma Rousseff tem dito nas �ltimas semanas a membros de seu governo que pretende enxugar a Esplanada do Minist�rios, que atualmente conta com 37 pastas. Os ministros Fernando Haddad (Educa��o), Iriny Lopes (Secretaria das Mulheres) e Fernando Bezerra Coelho (Integra��o Nacional) devem deixar os cargos para disputar as elei��es municipais de 2012.
Os ministros Afonso Florence (Desenvolvimento Agr�rio) e Ana de Hollanda (Cultura) s�o cotados para perder os postos que ocupam por falta de apoio partid�rio e por fraco desempenho � frente de suas pastas. O Pal�cio do Planalto estuda ainda integrar a Secretaria de Pol�ticas da Promo��o da Igualdade Racial � Secretaria de Direitos Humanos.
No evento de hoje, que contou com a participa��o da ministra da Igualdade Racial, Luiza Barrios, Fernando Henrique avaliou como um avan�o a cria��o de um minist�rio para tratar de quest�es ligadas � igualdade racional. “Eu acho que o Estado brasileiro tem de ter uma express�o para promover uma pol�tica de maior igualdade racial”, defendeu.
Depois do semin�rio, em conversa com jornalistas, a ministra ressaltou que o Pal�cio do Planalto ainda n�o iniciou oficialmente um debate sobre a eventual fus�o do minist�rio que comanda. “At� que isso aconte�a, eu vou considerar que isso � uma especula��o”, considerou. “Eu acho que a tend�ncia � de que permane�amos no atual modelo”, acrescentou.