Os partidos de oposi��o v�o tentar aprovar amanh� na Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira e Controle da C�mara a convoca��o do ministro das Cidades, Mario Negromonte. A ideia � aprovar tamb�m o convite dos funcion�rios da Pasta envolvidos no esc�ndalo da fraude do documento que abriu caminho para a aprova��o de projeto de Ve�culo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiab� (MT), encarecendo em R$ 700 milh�es a obra de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014.
A troca aumentou o custo do projeto em R$ 700 milh�es, atingindo R$ 1,2 bilh�o. A oposi��o tamb�m quer ouvir Higor Guerra, analista de infraestrutura do Minist�rio, que denunciou a press�o para que adulterasse a documenta��o que trata da implanta��o de sistema p�blico em Cuiab�. "Vamos tentar votar os requerimentos. Estamos trabalhando para denunciar a blindagem do governo em torno do ministro", afirmou o l�der do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
Apesar das tentativas de convocar Negromonte, a oposi��o est� cautelosa em rela��o aos ministros envolvidos em den�ncias. A estrat�gia dos oposicionistas � evitar bombardear com muita intensidade ministros de partidos que, no futuro, poder�o transformar-se em aliados. Negromonte � do PP, um eventual parceiro dos partidos de oposi��o tanto nas elei��es municipais de 2012 quanto na presidencial de 2014. Da� a oposi��o light que vem sendo feita aos ministros alvo de irregularidades.
� o caso, por exemplo, do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do PDT. Ele dever� depor na Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira e Controle na semana que vem, dia 6. "� ruim marcar o depoimento para t�o longe porque a� esfria o assunto e os fatos v�o passando. Mas n�o h� muito o que fazer", lamentou o l�der do DEM deputado Antonio Carlos Magalh�es Neto (BA).
Al�m de irregularidade no Trabalho, Lupi foi denunciado por ser funcion�rio fantasma da lideran�a do PDT na C�mara, entre dezembro de 2000 e junho de 2006. O presidente da C�mara, Marco Maia (PT-RS), informou hoje que vai analisar se cabe ou n�o a abertura de sindic�ncia para apurar a den�ncia. "Hoje � proibido o funcion�rio em cargo de comiss�o trabalhar fora da C�mara. No passado havia uma flexibilidade", observou Maia. "A maioria dos funcion�rios dos gabinetes e n�o da C�mara trabalham nos escrit�rios dos deputados nos Estados. No caso do Lupi temos de ver se a lei permitia isso", disse o l�der do governo na C�mara, C�ndido Vaccarezza (PT-SP).
Al�m de temor de melindrar um eventual aliados, a oposi��o tamb�m avalia que tanto Lupi quando Negromonte s�o cartas fora do baralho. Ambos dever�o ser substitu�dos na reforma ministerial que ser� promovida pela presidente Dilma Rousseff, no in�cio de 2012. Mas ao contr�rio de Lupi, que conta com o apoio do PDT, Negromonte est� isolado e, nos bastidores, vem sendo fritado pelos pr�prios colegas de partido.