Fundador do PDT, presidente de honra do partido e chefe do legislativo municipal do Rio por 11 anos, Sami Jorge admitiu nesta quinta-feira que nomeou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em seu gabinete na C�mara dos Vereadores carioca, atendendo a pedidos de aliados pol�ticos. Segundo ele, a pr�tica � comum na cidade.
Veterano da cena pol�tica carioca, com seis mandatos de vereador e tr�s de deputado, Jorge fez quest�o de ressaltar, no entanto, que atualmente n�o voltaria a requisitar Lupi como assessor. Na C�mara do Rio, o ministro chegou a ocupar cargo de s�mbolo DAS-9 cuja remunera��o atual � superior a R$ 9,5 mil.
Reportagem publicada no jornal "Folha de S. Paulo" mostrou que Lupi teve dois cargos de assessor parlamentar em �rg�os p�blicos distintos durante cinco anos. Ele foi lotado no gabinete de Jorge entre outubro de 2000 e novembro de 2005 e teve um cargo na lideran�a do PDT na C�mara dos Deputados, em Bras�lia, entre dezembro de 2000 e novembro de 2005.
No fim de 2006, ap�s ser derrotado na elei��o ao governo do Rio, Lupi voltou ao legislativo carioca, passou pelo gabinete de Jorge e de Charbel Zaib, outro vereador pedetista, at� ser exonerado em fevereiro de 2007 - um m�s antes de assumir o Minist�rio do Trabalho. De acordo com o Di�rio Oficial do Poder Legislativo do Munic�pio do Rio, Lupi foi contratado como consultor no gabinete de Zaib, em cargo de s�mbolo DAS-9. Na �poca, a remunera��o para essa fun��o era de R$ 7 mil. Atualmente, o valor � superior a R$ 9,5 mil.
Apesar de afirmar que acredita que Lupi tenha desempenhado as fun��es para qual foi remunerado durante cinco anos e tr�s meses na C�mara do Rio, Jorge n�o soube explicar que tipo de trabalho o ministro desempenhou. "Acho que ele desempenhou os servi�os que lhes eram destinados", disse o ex-presidente da C�mara Municipal do Rio.