Uma debandada de presidentes esvaziou o segundo dia da primeira C�pula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). A presidente Dilma Rousseff deixou Caracas no meio da manh� de s�bado. A previs�o era desembarcar em Bras�lia �s 16h30 para j� come�ar a discutir a situa��o do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
A presidente da Argentina tamb�m deixou a Venezuela ainda na madrugada. Depois de uma reuni�o que s� terminou �s 23h30 de sexta-feira, boa parte dos presidentes decidiu n�o participar do segundo dia do encontro.
A pr�pria abertura da C�pula - com show da Orquestra Sinf�nica Juvenil Sim�n Bol�var - come�ou j� com duas horas de atraso. O presidente venezuelano, Hugo Ch�vez, cumpriu seu tradicional roteiro e falou por mais de uma hora, apesar de ter dito que seria breve. A plen�ria dos presidentes, prevista para terminar �s 17h, come�ou �s 19h. Sem jantar, os presidentes ouviram discursos de seus colegas por quase quatro horas. No meio do encontro, foi servida uma sopa.
Depois de mais um discurso de Ch�vez, Dilma foi a primeira a falar. Ressaltou a necessidade de integra��o para enfrentar a crise econ�mica e que juntos, os 33 pa�ses que comp�e a CELAC ser�o mais fortes. "Mas eu falo num novo paradigma. Porque essas economias mais desenvolvidas da nossa regi�o n�o podem nem absorver, nem subordinar, nem tampouco tutelar seus vizinhos, como n�s estamos vendo acontecer em partes at� ent�o bastante civilizadas, ou assim ditas civilizadas, do mundo", afirmou a presidente.
"Temos de avan�ar no processo de fortalecimento de cria��o, mesmo, de um novo projeto de crescimento solid�rio, no qual a prosperidade de um produz tamb�m a prosperidade de todos. Isso significa n�o s� buscar o aumento do com�rcio intra-regional de bens e servi�os, mas tamb�m � necess�rio que n�s busquemos uma maior integra��o produtiva".
Dilma tamb�m anunciou que a Universidade de Integra��o da Am�rica Latina - agora tamb�m do Caribe - (Unila) passar� a receber alunos de toda a regi�o e poder� ser um bra�o acad�mico da CELAC, n�o apenas para integra��o universit�ria como para pesquisas sobre a regi�o. "Ela dever� especializar-se em cursos de gradua��o e p�s-gradua��o relacionados � tem�tica da integra��o da Am�rica Latina e do Caribe", afirmou. "No seu primeiro ano, a Unila recebeu alunos argentinos, brasileiros, paraguaios e uruguaios. A partir de agora, ela estende suas matr�culas para todos os estudantes latino-americanos e caribenhos. Em cinco anos, queremos que a Unila tenha 10 mil alunos e 500 professores de toda a regi�o".
O encontro terminou com uma foto oficial - inicialmente marcada para o final da manh� de s�bado - tomada �s 23h30. Mas deixou pend�ncias que ter�o de ser definidas pelos chanceleres nos pr�ximos meses. Por exemplo, como a CELAC tomar� suas decis�es. Por consenso, ou por maioria absoluta, como prop�s o Equador.