Bras�lia - A Comiss�o de Anistia do Minist�rio da Justi�a homenagear�, na tarde desta segunda-feira, o militante e perseguido pelo regime militar Carlos Marighella (1911-1964). A expectativa dos organizadores do evento � que a solenidade seja marcada por um pedido oficial de desculpas do Estado do Brasil ao ex-guerrilheiro que era considerado o principal inimigo dos militares.
Um dos principais guerrilheiros que lutou contra o autoritarismo no pa�s, Marighella completaria 100 anos nesta segunda-feira. A cerim�nia ser� em Salvador onde nasceu o guerrilheiro e vivem seus filhos e parentes.
Em homenagem ao ex-guerrilheiro, ser� inaugurado o Pr�-Memorial Marighella Vive, que re�ne um acervo sobre ele com fotografias, documentos e seus escritos. A solenidade contar� com as presen�as do governador da Bahia, Jacques Wagner, e do secret�rio executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica, Rama�s de Castro.
Estudante de engenharia, Marighella escrevia poesias e, nas aulas e provas, respondia �s quest�es em verso. Tamb�m comp�s v�rios textos combativos nesse formado. Em 1969, ano em que morreu, ele escreveu o Minimanual do Guerrilheiro Urbano, destinado a servir de orienta��o, como ele dizia.
Em 1996, o Minist�rio da Justi�a reconheceu a responsabilidade do Estado pela morte do guerrilheiro. Em 2008, o governo federal decidiu que a companheira dele, Clara Charf, receberia pens�o vital�cia.
Amanh�, o Conselho Estadual de Cultura da Bahia marcou o julgamento de 16 processos referenetes ao per�odo da ditadura. O julgamento envolve 15 baianos e o paulista Mario Barbate. Os documentos sobre Marighella ser�o doados para o memorial criado em sua homenagem.