A Executiva Nacional do PDT decidiu na tarde desta segunda-feira montar uma comiss�o para negociar com a presidente Dilma Rousseff o espa�o do partido no governo. O ex-ministro Carlos Lupi est� fora dessa comiss�o e permanecer� licenciado da presid�ncia da legenda at� janeiro do pr�ximo ano. Ele deixou o Minist�rio do Trabalho nesse domingo ap�s uma s�rie de den�ncias.
A comiss�o do PDT ter� o presidente interino, deputado federal Andr� Figueiredo (CE), o secret�rio-geral, Manoel Dias (SC), os l�deres do partido na C�mara, Giovanni Queiroz (PA), e no Senado Acir Gurgacz (RO), e o deputado Brizola Neto (RJ), vice-presidente do partido. Figueiredo fez quest�o de ressaltar que o partido apoia o governo Dilma mesmo sem cargos, mas o PDT espera um convite da presidente ainda esta semana para negociar o espa�o da legenda na Esplanada.
O deputado Brizola Neto afirma que o partido espera ser chamado pela presidente ainda nesta semana para negociar. Segundo ele, caber� a Dilma definir o que espera do PDT. "A decis�o � da presidente Dilma. S� podemos indicar nome para uma pasta ou outra se ela nos pedir. O partido reafirmou hoje que apoia, independentemente do que se colocar de espa�o pra gente", disse. Diferente de Figueiredo, Brizola Neto afirmou que a volta de Lupi � presid�ncia do partido ainda precisar� ser debatida pelo partido na reuni�o do diret�rio nacional em janeiro.
Presidente da For�a Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) voltou a fazer ataques � Comiss�o de �tica P�blica, que recomendou � presidente Dilma a demiss�o de Lupi. Paulinho lembrou que a relatora do caso, Mar�lia Muricy, foi secret�ria do governador petista Jaques Wagner (BA) e que o presidente da comiss�o, Sep�lveda Pertence, advogou para a governadora do Maranh�o, Roseana Sarney (PMDB), onde o PDT � oposi��o. "� estranho que aliados possam fazer o que foi feito com o Lupi", criticou Paulinho.
Paulinho aproveitou ainda para recha�ar a tese da necessidade de acabar com a pasta do Trabalho na reforma ministerial levando os assuntos do setor de volta � �rea da Presid�ncia. "Seria um desastre um governo que se diz dos trabalhadores fazer uma coisa dessa", argumentou. O presidente da For�a Sindical n�o quis dizer se o PDT faria quest�o de continuar no Minist�rio do Trabalho, mas j� desdenhou a �rea da Agricultura, cotada para ser entregue ao partido. "N�o sabemos nada de mexer com terra", declarou.