Com 11 vereadores fora do p�reo, disputa na C�mara em 2012 vai ser mais leve para reelei��o

Pelo menos 11 vereadores eleitos em 2008 ou suplentes que assumiram e est�o no exerc�cio do mandato n�o concorrer�o �s elei��es do ano que vem, tornando a disputa mais f�cil para aqueles que pretendem tentar a reelei��o. A eles poder�o ainda se juntar outros cinco, acusados pelo Minist�rio P�blico Estadual de terem exigido propina para aprovar um projeto de lei em mandato anterior.

Seja porque foram eleitos deputados, seja porque foram afastados por motivos diversos seja ainda por raz�es pessoais – como � o caso do campe�o de votos, professor Elias Murad (PSDB), que, aos 87 anos, est� debilitado pela idade –, o fato � que a renova��o dos caciques que brigar�o por uma cadeira ser� a maior da hist�ria do Legislativo municipal.
A tudo isso soma-se um quociente eleitoral que dever�, como em 2008, permanecer entre 30 mil e 31 mil votos. A elei��o ser� mais f�cil para quem est� na fun��o e vai concorrer no ano que vem.

Quando no ano passado seis vereadores de Belo Horizonte se elegeram deputados estaduais e um para deputado federal, aqueles que ficaram e j� faziam as contas para as pr�ximas elei��es comemoraram. Paulo Lamac (PT), o pastor Carlos Henrique (PR) e Fred Costa (PHS), respectivamente o terceiro, o quarto e o sexto mais votado nas elei��es para a C�mara Municipal em 2008, al�m de Luzia Ferreira (PPS), Anselmo Jos� Domingos (PTC) e Jo�o V�tor Xavier (PRP) mudaram-se para a Assembleia Legislativa. Lu�s Tib� (PTdoB) foi para a C�mara dos Deputados.

Antes de os novos deputados deixarem a casa, ainda no ano passado, Wellington Magalh�es (ex-PMN) foi cassado por abuso de poder econ�mico. Em seu lugar assumiu o vereador Daniel Nepomuceno (PSB). A vigorar a Lei Ficha Limpa para o ano que vem, Magalh�es, que foi o segundo mais votado em 2008 para a C�mara Municipal, tamb�m estar� fora do jogo. Por motivo de sa�de, o vereador Elias Murad, que liderou com 15.473 votos a lista dos eleitos, tampouco disputar�. J� o vereador Ricardo Chambarelle (PRB) poder� n�o concorrer por motivo diverso: desacertos pol�ticos em sua base eleitoral junto � Igreja Universal do Reino de Deus.

N�o apenas Wellington Magalh�es perdeu o mandato em uma disputa judicial com o Minist�rio P�blico. H� poucas semanas, o vereador G�ra Ornellas, em meio a um esc�ndalo que exp�s a sua vida �ntima, renunciou ao mandato, n�o antes de ter sido desfiliado pelo PSB, o que, por si, j� inviabilizaria a sua candidatura � reelei��o.

Em meio � sucess�o de quedas, dos sete suplentes de vereador que assumiram as cadeiras este ano em substitui��o aos deputados eleitos, Carl�cio Gon�alves (PR) j� est� afastado do cargo por decis�o judicial em primeira inst�ncia, acusado de extorquir o empres�rio Nelson Rigotto de Gouveia para aprovar em 2008 o projeto que autorizou a constru��o do Boulevard Shopping. Ao lado de Carl�cio, tamb�m est� afastado da C�mara, sob a mesma acusa��o, o vereador Hugo Thom� (PMN). Est�o ainda na mira do Minist�rio P�blico Estadual, por envolvimento no mesmo caso, os vereadores Alberto Rodrigues (PV), Maria L�cia Scarpelli (PCdoB) e Geraldo F�lix (PMDB).

Saiba mais

Quociente eleitoral

� o m�nimo de votos necess�rios para que um partido conquiste uma cadeira. Com um eleitorado que nos �ltimos 15 anos cresce um pouco menos a cada elei��o, partidos pol�ticos e candidatos trabalham para a disputa � C�mara Municipal de Belo Horizonte no ano que vem com um quociente eleitoral entre 30 mil e 31 mil votos, pr�ximo �quele registrado nas elei��es de 2008. Como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) projeta um crescimento de 3% do eleitorado em rela��o ao de 2008, se forem mantidos os �ndices de votos nulos, brancos e absten��o, ser� mais f�cil para um partido conquistar uma cadeira no ano que vem do que foi nas elei��es passadas.