A reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff planeja fazer no ano que vem n�o dever� ser "uma sangria desatada", na express�o que circula pelos gabinetes do Pal�cio do Planalto. Tamb�m n�o tem uma data certa. Em banho-maria, pode at� ficar para mar�o, de forma a coincidir com a substitui��o obrigat�ria dos que v�o sair para disputar as elei��es municipais.
At� a situa��o do ministro Fernando Haddad (Educa��o) � incerta. Candidato � Prefeitura de S�o Paulo, ouviu do PT municipal um apelo para que antecipe sua sa�da da Esplanada, de forma a ter mais tempo para preparar a campanha.
Haddad conversou com a presidente Dilma sobre o pleito dos petistas. Esta, segundo o pr�prio ministro, pediu que ele espere um pouco. De acordo com informa��es do PT paulistano, ainda n�o d� para dizer se Haddad ser� liberado antes ou se ter� de esperar a leva que sai.
Antes das seguidas crises que derrubaram sete ministros - seis deles por suspeitas de envolvimento em irregularidades diversas, como enriquecimento il�cito e corrup��o, e Nelson Jobim, da Defesa, por criticar colegas - falava-se que a reforma ocorreria em janeiro, quando de fato a presidente teria sua pr�pria equipe e n�o um misto herdado do padrinho, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Mas agora, no pr�prio n�cleo que cerca a presidente h� d�vidas quanto � data. O que se fala � que a chefe nem mais comenta o assunto.
O certo � que dos 38 ministros atuais, onze poder�o sair. Quatro porque pretendem disputar prefeituras em outubro: Fernando Bezerra Coelho (Integra��o Nacional), a de Recife; Fernando Haddad, a de S�o Paulo; Iriny Lopes (Mulheres), a de Vit�ria; e Le�nidas Cristino (Portos), a de Sobral. Este �ltimo pode ainda optar por ficar no minist�rio.
Outros cinco dever�o sair por motivos diversos, desde um poss�vel fim do minist�rio a resolu��o de brigas internas em determinados setores.