Disposta a manter a unidade de sua base de sustenta��o no Congresso ap�s as elei��es municipais de 2012 e ciente de que a disputa pode trazer de volta a Bras�lia uma legi�o de insatisfeitos considerando-se abandonados pelo Planalto, a presidente Dilma Rousseff avisou nessa ter�a-feira que n�o vai subir em palanques eleitorais onde houver bola dividida na base de apoio ao governo. “Estou cada vez mais inclinada a n�o participar de elei��es quando a minha base est� envolvida. Eu tenho de ter responsabilidade com o pa�s. Eu posso ter at� aqui dentro (de mim) minhas convic��es, mas aqui dentro � uma coisa. Como presidente n�o”, respondeu ela, em Porto Alegre.
Lula sempre buscou ao m�ximo a unidade nas disputas municipais e estaduais para evitar o desgaste de ter que subir em mais de um palanque e desagradar poss�veis aliados. Os ind�cios de que Dilma � uma boa aluna haviam sido detectados pelo pr�prio ex-presidente em 2010, ap�s discurso da ent�o pr�-candidata pelo PT na inaugura��o da nova sede do Sindicato dos Trabalhadores de Processamento de Dados e Tecnologia da Informa��o do Estado de S�o Paulo (Sindpd). “A bichinha est� palanqueira. Palanqueira de primeira”, afirmou ele ao presidente do sindicato, Ant�nio Neto, arrancando risadas dos presentes no evento.
Com o in�cio das articula��es partid�rias para as elei��es de 2012, Dilma tem ouvido de seus aliados que as disputas municipais s�o fundamentais para que as legendas mostrem suas for�as e se cacifem para as elei��es de 2014. O PSB, por exemplo, liberou o partido para fazer as coliga��es que forem mais convenientes para turbinar seu poder pol�tico. O PMDB, temendo perder o prest�gio junto ao Pal�cio do Planalto, avisou que lan�ar� candidatos em todas as capitais, inclusive em S�o Paulo, com o deputado Gabriel Chalita resistindo a uma alian�a em primeiro turno com o petista Fernando Haddad.
Advers�rios
A experi�ncia de Lula conseguia cicatrizar feridas p�s-eleitorais com mais facilidade. Dilma come�a a ensaiar esses passos e buscar� evitar ao m�ximo gestos que possam provocar ci�mes. E, nos locais onde for poss�vel operar o consenso, agir� intensamente, como fez na capital paulista, onde ajudou a convencer a senadora Marta Suplicy a abandonar a disputa.