O senador A�cio Neves (PSDB-MG) assumiu hoje a possibilidade de o partido tentar uma aproxima��o com o PSB para a corrida pela Presid�ncia da Rep�blica em 2014. Cotado como um dos principais nomes do tucanato para disputar a sucess�o presidencial, o senador lembrou que os socialistas atualmente integram a base do governo, mas ressaltou que "em 2013 ou em 2014 as coisas podem estar diferentes".
O PSB tem ganhado espa�o no cen�rio nacional e conseguiu eleger seis governadores no ano passado, sendo quatro deles no Nordeste regi�o em que o PSDB tem dificuldade de penetra��o e que deu expressiva vota��o para o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e para a atual presidente Dilma Rousseff. E o presidente nacional socialista, o governador Eduardo Campos (PE), tamb�m � tido como um nome que pode ter peso decisivo na balan�a da sucess�o presidencial.
A�cio ressaltou que � preciso "respeitar a posi��o" do PSB, atualmente um dos mais fi�is aliados do Pal�cio do Planalto, mas lembrou que o PSDB j� tem proximidade com os socialistas em v�rias cidades, como em Belo Horizonte, onde os tucanos v�o reeditar uma coliga��o com petistas em torno da reelei��o do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Para expandir essa alian�a ao cen�rio nacional, por�m, o senador acredita que os tucanos precisam apresentar "um projeto que signifique expectativa de poder, um modelo novo para o Brasil".
"Vamos definir cinco ou seis grandes bandeiras que v�o emoldurar as nossas candidaturas, inclusive nas elei��es municipais. O PSDB tem que ir definindo, clareando essas suas ideias e, em 2013, vamos ver aqueles que queiram se unir em torno desse projeto. E o PSB tem conosco rela��es importantes em v�rios Estados. Temos de dar tempo ao tempo. O PSB hoje participa da base de governo, mas em 2013 ou em 2014 as coisas podem estar diferentes", avaliou o tucano, que voltou a defender pr�vias para a escolha do nome que disputar� a Presid�ncia pela legenda. "Ningu�m � candidato de si pr�prio. Acho que o PSDB tem nomes colocados e, l� na frente, vamos definir quem � o melhor", disse.
Apesar de ser considerado um dos principais nomes da oposi��o, A�cio afirmou que n�o pretende atuar diretamente na costura de candidaturas nas elei��es municipais de S�o Paulo e Belo Horizonte. Com rela��o � capital paulista, o senador mineiro declarou-se favor�vel ao lan�amento de um nome tucano para "fortalecer o PSDB e a candidatura do PSDB trazendo o maior n�mero de aliados poss�veis". Mas garantiu que ficar� "apenas na torcida", sem se envolver diretamente na quest�o. "O PSDB de S�o Paulo n�o s� tem a autonomia. Tem a capacidade, a lideran�a necess�ria para construir essa alian�a. No nosso caso, ficamos � disposi��o para ajudar a consolida��o da candidatura do PSDB. Nada al�m disso", sentenciou.