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Estado de Minas

Saiba quais s�o as t�ticas da presidente Dilma para governar o pa�s


postado em 22/01/2012 08:15

Esque�a o mito de pouca voca��o pol�tica ou ingenuidade na rela��o com aliados. O primeiro ano do governo Dilma Rousseff, com a popularidade inc�lume apesar da queda de sete ministros, mostrou como seu modo de exercer o poder pouco tem a ver com a imagem que tinham a maioria do PT e muitos dos ministros do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Despertada para a pol�tica pelas organiza��es de resist�ncia armada � ditadura – integrou o Comando de Liberta��o Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucion�ria Palmares (VAR-Palmares) –, Dilma emprega no governo uma s�rie de t�ticas t�picas da �poca. Os lances do xadrez pol�tico presidencial ainda pegam de surpresa assessores e outros pol�ticos. Mas n�o quem acompanhou sua trajet�ria desde os anos 1970.

Companheira de cela de Dilma, a jornalista Rose Nogueira nunca duvidou da voca��o pol�tica da amiga. Na Torre das Donzelas, pr�dio encravado no Pres�dio Tiradentes, em S�o Paulo, onde as duas e dezenas de outras mulheres ficaram presas durante a ditadura militar, Rose j� percebia o imenso potencial da companheira. "Quem participou da resist�ncia tem voca��o pol�tica. S� que n�o podia exercer na ditadura. As pessoas pensam que a pol�tica � institucional, mas n�o � s� isso", defende Rose, que integrou a A��o Libertadora Nacional.

Lula sempre defendeu a habilidade pol�tica de sua chefe da Casa Civil. No governo do ex-presidente, n�o foram poucos os que duvidaram de seu faro ao apostar em Dilma, principalmente pelo jeito dur�o da presidente. Muitas vezes tornado p�blico pelas cobran�as que faz de forma r�spida, esse seu lado definitivamente � uma caracter�stica dela como pol�tica. "� o jeito dela. As pessoas estranham, reclamam, mas � algo com que se aprende a lidar", explica um funcion�rio do Planalto que atende � presidente.

Rose n�o sabe dizer se foram as experi�ncias de vida ou atributos intr�nsecos a Dilma que a moldaram. "Acho que � um conjunto. S�o caracter�sticas que a pessoa traz consigo, mas tamb�m o que ela passou. A luta de resist�ncia forma um esp�rito mais calejado", define.

Outra caracter�stica da presidente, de conhecer com profundidade os meandros da administra��o p�blica, tamb�m � um exemplo cuja origem � desconhecida. Afinal, Dilma sempre foi estudiosa. Da mesma forma que hoje chega a corrigir t�cnicos especialistas, chamava a aten��o na pris�o pela paix�o pela leitura. Devorava tanto literatura brasileira quanto obras mais politizadas. Levou a mesma curiosidade para a �rea de Minas e Energia, o que a projetou para integrar o primeiro governo Lula.

Lado emotivo Mas o racionalismo e a dureza n�o impedem a presidente de ter seus momentos de ternura. � comum que ela se emocione em eventos p�blicos, ao assinar leis ligadas � �rea social ou a temas de Direitos Humanos. Sua men��o aos "brasileirinhos" mortos no massacre em Realengo, em abril do ano passado, mostrou com mais for�a o lado emotivo de Dilma. "A cultura dela e do Lula � ligada �s pessoas, ao dia a dia. Eles sabem o que � ir � padaria, sabem quanto custa um p�ozinho", derrete-se Rose Nogueira.

Na centraliza��o de poder, por�m, os dois s�o bem diferentes. T�o logo um integrante de seu minist�rio passa a ser chamado de "superministro", pelo ac�mulo de poder no governo, eles mesmos correm para desmentir o que tacham de exagero. Dilma n�o gosta de ter sombras, nem subordinados que falem muito. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo, dava muito mais declara��es e entrevistas no governo Lula do que faz na gest�o de Dilma. Ao assumir o cargo, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu ordem expl�cita da presidente de n�o dar entrevistas. "Seu cargo n�o � para falar", teria ordenado a presidente. O sil�ncio de Gleisi mostra que Dilma pode ficar tranquila. A chefe da Casa Civil tem cumprido � risca a determina��o.


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