Os vereadores de Belo Horizonte pretendem dar uma incrementada no lanchinho servido nos intervalos das sess�es plen�rias este ano, especialmente agora que tiveram o aumento de 61,8% vetado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB). Eles inclu�ram na lista de guloseimas, entre outros itens, iogurte, quatro tipos de sandu�ches, al�m de �gua de coco e isot�nico para os atletas da pol�tica municipal. E a dieta refor�ada na C�mara vai significar menos R$ 147.733 no bolso do contribuinte, conforme a estimativa do edital. O preg�o ser� em 2 de fevereiro. Conforme mostrou o Estado de Minas, o pre�o pago por alimentos pelos vereadores no ano passado apresentou diferen�a de at� 300% em rela��o aos produtos vendidos no mercado.
N�o vai faltar op��o na mesa enquanto os vereadores discutem se mant�m ou derrubam o veto do Executivo. Haver� minissandu�ches com carne de boi desfiada, lombo e queijo cheddar e de frango desfiado com requeij�o. Ou mesmo croissant de frango, coxinha, empadinha de frango com catupiry, quibe, pastel assado de ricota com passas, pastel assado com peito de peru e abacaxi e p�o de queijo. O vereador que quiser ainda poder� optar pelos bolos de chocolate, laranja, coco, baunilha, cenoura e fub� cremoso ou pelos biscoitos de chocolate, morango, lim�o, coco, nata e leite condensado. Para o pol�tico de dieta, haver� a op��o dos sandu�ches com p�o integral, a salada de frutas e o iogurte nos sabores morango, frutas vermelhas e coco.
A merenda, de dar dar inveja nos servidores municipais que recebem um vale-lanche de R$ 3, � servida pelos gar�ons do Legislativo municipal no anexo conhecido como Casa da Dinda, local de acesso exclusivo aos 41 parlamentares enquanto ocorrem as sess�es plen�rias, sempre na primeira quinzena de cada m�s. Al�m de ser usada para matar a fome dos parlamentares a sala � cen�rio de discuss�o de projetos e acordos. Pelo regimento interno, cada vereador � obrigado a participar de 10 sess�es plen�rias por m�s. A exce��o s�o junho e agosto, quando s�o realizadas 15 plen�rias para compensar o recesso parlamentar de julho. Em 12 meses, os vereadores participam de 110 reuni�es ordin�rias em plen�rio. Todas com lanche.
Ocorre que as despesas com alimenta��o dos parlamentares da capital j� s�o cobertas pela verba indenizat�ria de R$ 15 mil mensais mediante a apresenta��o de cupom fiscal. Basta que eles justifiquem os gastos para serem reembolsados pela Casa. Al�m dos gastos com comida na verba indenizat�ria, no ano passado, somados todos os custos com o lanche, o Legislativo gastou R$ 87.525,26 dos cofres p�blicos. O preg�o foi alvo de investiga��o do MP.
DE TODOS OS TIPOS
O contrato deste ano prev� a compra de 16 produtos. Eles foram agrupados em coffee break tipo 1, estimado em R$ 15.250; tipo 4, estimado em R$ 14.360, e tipo 5, no valor de R$ 16.650, para servir mil pessoas no ano. J� os coffee breaks tipo 2, estimado em R$ 21.260, e 3, em R$ 26.320, dever�o atender 1,3 mil pessoas, e os lanches tipo 1, estimado em R$ 19.520, tipo 2, em R$ 17.680, e 3, em R$ 16.680, poder�o atender 2 mil pessoas por ano.
A licita��o p�blica, modelo tomada de pre�o, prev� a contrata��o de uma empresa espec�fica para o fornecimento de alimenta��o, conforme publica��o no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM). A assessoria da C�mara informou que os lanches n�o s�o para atender exclusivamente os vereadores. Eles ser�o servidos tamb�m nos eventos de car�ter institucional, como cursos e semin�rios. “Ele n�o � servido nas reuni�es das comiss�es especiais e solenidades. O lanche s� � pago se for consumido”, informou.
Na pauta
A C�mara Municipal de Belo Horizonte divulgou ontem a pauta da primeira reuni�o plen�ria do ano, em 1º de fevereiro. Quatro projetos est�o na lista, sendo tr�s de vereadores. Consta ainda a proposta do plano de carreira da Guarda Municipal. Mas, depois de o Estado de Minas mostrar que havia emenda com a cria��o de 52 cargos sem concurso p�blico, a prefeitura promete retirar o projeto de tramita��o. H� tamb�m na agenda dois vetos a propostas de vereadores. O veto ao reajuste de 61,8% no contracheque dos parlamentares, a partir de 2013, n�o est� na lista. A Casa tem at� o fim de fevereiro para se decidir sobre manter ou derrubar o veto do prefeito.