Kassab afirma que n�o quer for�ar acordo com PSDB

O prefeito de S�o Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, negou hoje que o in�cio do di�logo com o PT para uma alian�a � sucess�o municipal em S�o Paulo seja uma forma de pressionar o PSDB a um acordo com seu partido. "N�o existe nenhuma press�o, estamos numa democracia. Temos um partido que disputa pela primeira vez uma elei��o, portanto vamos encontrar o nosso caminho", afirmou, ap�s participar do lan�amento da 5ª edi��o da Campus Party, evento que come�a no dia 6 de fevereiro, no Anhembi.

Para o prefeito, sua sigla n�o faz nada diferente do que os outros partidos fazem ao buscar alternativas de alian�a. "O PSD vai examinar as melhores alternativas e entre as melhores ver� qual � o melhor para a cidade", disse. Kassab ressaltou que o nome do petista Fernando Haddad facilita o di�logo entre os dois partidos. "Ajuda o Fernando Haddad ser o candidato. O Haddad � uma pessoa qualificada, jovem, conhece a cidade e fez um bom trabalho � frente do Minist�rio da Educa��o", elogiou.

O dirigente do PSD lembrou que ainda n�o existe nenhuma conversa formal com o PT, mas que pretende procurar o partido para ver "se existe o interesse em discutir uma alternativa para a cidade". Ele at� brincou quando informado que o pr�-candidato do PT torce para o S�o Paulo, seu time do cora��o. "Ih, t� convergindo hein", disse.

Ao ser perguntado sobre a resist�ncia de militantes do PT a uma poss�vel alian�a com o PSD, Kassab disse que � preciso olhar para o futuro e n�o para o passado. "Uma alian�a s� se faz olhando para frente e n�o para tr�s", considerou. Ele disse ainda que n�o tem pressa para iniciar o di�logo com o PT municipal, mesmo porque seu partido prioriza o lan�amento de uma candidatura pr�pria. "Como qualquer partido, nosso esfor�o � por uma candidatura pr�pria. Mas n�o podemos deixar de examinar alternativas, porque se a candidatura pr�pria n�o prosperar, deveremos ter alternativas."

Kassab deixou claro que a alternativa vi�vel do PSD seria o lan�amento da candidatura do vice-governador de S�o Paulo, Guilherme Afif Domingos, � sucess�o municipal. Mas ele admitiu que essa possibilidade ainda n�o � forte o suficiente. "N�s sabemos que a candidatura pr�pria n�o tem tido as condi��es necess�rias, por enquanto, para que ela tenha viabilidade. Apesar disso, vamos dar prioridade a essa quest�o, mas em paralelo vamos estabelecer essas conversas." Segundo o prefeito, o PSD ter� de trabalhar para apresentar um quadro "com musculatura e dimens�o suficiente para se apresentar numa elei��o com dimens�o nacional".

O l�der do PSD explicou que o partido apoiaria a candidatura de Haddad porque se trata de um candidato j� definido pelo PT, enquanto no PSDB ainda existem quatro pr�-candidatos. A �nica alian�a poss�vel com o PSDB seria com Afif na cabe�a de chapa. Enquanto o prefeito dava essas declara��es, Alckmin concedia entrevista no Pal�cio dos Bandeirantes, sinalizando que as conversas com o PSD n�o estavam encerradas. Nos bastidores tucanos, contudo, a resist�ncia a uma chapa liderada por Afif � grande.

Apesar do imbr�glio nos bastidores, Kassab disse que PSD e PSDB se respeitam e t�m coopera��es entre si, mas � chegada a hora de o PSD "construir sua hist�ria". Ele afirmou ainda que continua mantendo boas rela��es com o ex-governador Jos� Serra, mas que apesar disso n�o tem conversado com o tucano sobre o plano municipal. "� evidente que ele (Serra), por ser um quadro do PSDB, se esfor�a para que tenhamos PSD e PSDB juntos", disse.

Sem protestos - O prefeito, que recentemente enfrentou protestos de grupos organizados, disse que, apesar do epis�dio, n�o refor�ou sua seguran�a nem montou uma equipe para evitar o contato com manifestantes, ao contr�rio do que teria feito o governador Geraldo Alckmin (PSDB), conforme not�cia divulgada hoje na imprensa. "N�o temo protestos. O prefeito tem de estar � disposi��o da opini�o p�blica e eu tenho a compet�ncia da imprensa para me acompanhar. A imprensa mostrou a covardia de quem organizou o protesto. Tendo voc�s (jornalistas) por perto, estou muito tranquilo."