DEM critica PSD e acena com alian�a ao PSDB em SP

As lideran�as nacionais, estaduais e municipais do DEM uniram for�as na manh� desta segunda-feira, na capital paulista, para defender o papel da oposi��o na democracia brasileira e criticar o que chamaram de "governismo desenfreado", numa refer�ncia ao PSD, partido criado pelo prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab, que aderiu � base aliada do governo federal.

Os dirigentes da sigla valeram-se de um evento institucional, cujo objetivo era promover um semin�rio aos pr�-candidato a prefeito no Estado de S�o Paulo, para ensaiar demonstra��es de for�a pol�tica e passar o recado de que a sigla segue atuante na oposi��o ao governo federal, mesmo que tenha enfrentado uma debandada, em 2011, com a cria��o do PSD. "O DEM est� um pouco menor, mas est� muito melhor do que o partido do passado", sublinhou o l�der do DEM na C�mara dos Deputados, ACM Neto. "Os que quiseram nos destruir quebraram a cara", pontuou o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (DEM-RN).

O presidente municipal do DEM em S�o Paulo, Alexandre de Moraes, tamb�m desfiou cr�ticas indiretas ao partido de Kassab. O dirigente do DEM atacou o que chamou de "adesismo gratuito", destacou a necessidade de uma oposi��o com "bom senso" e defendeu a altern�ncia do poder no governo federal. "Os que permaneceram na sigla ficaram pela honestidade e lealdade." Na mesma linha, o l�der do DEM na C�mara dos Deputados avaliou que ficaram no partido aqueles que prezaram pela coer�ncia e observou que o DEM, diferentemente de outras siglas, n�o aderiu ao governo federal. "N�s poder�amos ter escolhido o caminho mais f�cil e menos tortuoso e ter virado governo, mas optamos por manter uma posi��o hist�rica", ressaltou ACM Neto. "Se n�s est�vamos vivos, estaremos muito mais daqui para a frente", pregou o presidente nacional do DEM.

As cr�ticas indiretas ao PSD, alvo preferencial da sigla no evento, foram intercaladas com elogios ao governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin. Convidado para semin�rio, o tucano trocou afagos p�blicos com lideran�as do DEM, em mais um sinal de que PSDB e DEM devem compor uma alian�a na sucess�o � Prefeitura de S�o Paulo. Em discurso, o governador de S�o Paulo destacou que, embora sejam siglas diferentes, os dois partidos compartilham "princ�pios" e "valores" e s�o "parceiros" para servir ao povo brasileiro.

O aceno pol�tico do tucano foi retribu�do pelo presidente nacional do DEM, o qual, tamb�m em discurso, elogiou Alckmin como homem p�blico "decente" e "competente". "O DEM como partido em S�o Paulo e no Brasil, agradece a solidariedade do governador nos momentos mais dif�ceis, quando voc� n�o nos faltou", afirmou Agripino Maia. "Se voc� n�o faltou, n�s n�o lhe faltaremos", acrescentou.

O governador de S�o Paulo tamb�m recebeu elogios do presidente estadual e pr�-candidato do DEM � Prefeitura de S�o Paulo, Rodrigo Garcia, que, tamb�m em discurso, avaliou a administra��o estadual como limpa e coerente e considerou estrat�gica a alian�a entre PSDB e DEM que elegeu Geraldo Alckmin como governador de S�o Paulo em 2010. Na avalia��o de uma lideran�a do DEM, presente no evento, a troca de afagos demonstra que a composi��o de uma alian�a entre as duas siglas � uma "quest�o de dias".

O governador de S�o Paulo tem investido nas �ltimas semanas em uma aproxima��o com o DEM, estrat�gia para evitar que o PSDB fique dependente de um acordo com o PSD. O tucano, que, na semana passada, n�o descartou apoiar o vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) para a disputa municipal, tem dito a auxiliares pr�ximos que uma composi��o com o DEM, sigla que det�m o quarto maior tempo de televis�o, � uma das atuais prioridades do PSDB. O presidente nacional do DEM tem frisado tamb�m que uma alian�a com o PSDB n�o � compuls�ria, mas preferencial para a sucess�o � Prefeitura de S�o Paulo.