Senadores, deputados federais, estaduais e vereadores podem at� n�o gostar de carnaval, mas a um feriado, poucos resistem. Se for poss�vel dar uma esticada, ent�o, � o para�so. O chamado de Momo, ao menos oficialmente, est� previsto para amanh�, mas no Congresso Nacional, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e na C�mara de Belo Horizonte o clamor da folia, ou melhor, do recesso, j� fez efeito. Na capital, de tr�s comiss�es especiais para an�lise de veto previstas para ontem, nenhuma foi aberta. Na Assembleia, a reuni�o de plen�rio foi aberta com 28 parlamentares, dois a mais que o necess�rio. Menos de duas horas depois foi encerrada com cerca de dez deputados, sem nenhuma vota��o. Em Bras�lia, o dia nos plen�rios da C�mara e do Senado foi apenas de pronunciamentos.
A folga antecipada na C�mara impediu a produ��o de um parecer que seria apresentado ao plen�rio sobre o veto do prefeito Marcio Lacerda a um projeto de lei que concede aos autistas os mesmos direitos j� previstos a deficientes f�sicos para acessar programas p�blicos de sa�de. Ontem venceu o prazo para que a comiss�o produzisse o parecer. O veto ter� que ser votado em plen�rio sem qualquer posicionamento da comiss�o criada com o �nico objetivo de analis�-lo. Dos cinco integrantes grupo, apenas Heleno (PHS) compareceu. Faltaram o presidente da comiss�o, Alberto Rodrigues (PV), e os vereadores Elaine Matozinhos (PTB), Iran Barbosa (PMDB) e Silvinho Rezende (PT). � sess�o de outra comiss�o, que analisaria veto a projeto de lei que obrigava a prefeitura a trocar por tampas de concreto as placas de ferro utilizadas para vedar bueiros na cidade, ningu�m compareceu. Participam do grupo Joel Moreira Filho (PTC), Iran Barbosa (PMDB), Chambarelle (PRB), Jo�o Bosco Rodrigues (PT) e M�rcio Almeida (PRP).
A comiss�o para an�lise de veto a texto que d� nome a um beco no bairro Cachoeirinha, Regi�o Nordeste, foi a que teve maior n�mero de integrantes na Casa ontem: dois, Maria L�cia Scarpelli (PC do B) e Adriano Ventura (PT). S� que o regulamento prev� que a sess�o s� pode ser aberta com no m�nimo tr�s participantes. Tamb�m integram a comiss�o Jo�o Oscar (PRP), Iran Barbosa e Alberto Rodrigues.
Na Assembleia, a antecipa��o do feriad�o deixou para depois do carnaval a vota��o em plen�rio de duas indica��es do governo do estado, para o comando da Imprensa Oficial e da Funda��o Ezequiel Dias. Oito requerimentos tamb�m estavam previstos na pauta de ontem. Cerca de 160 projetos de lei est�o prontos para entrar na pauta. T�cnicos da Assembleia amenizaram as aus�ncias, dizendo que � normal que na volta do recesso n�o haja vota��es, que exigem negocia��o pr�via. Na avalia��o do deputado Jo�o Leite (PSDB), que compareceu ontem, nada ser� votado enquanto n�o houver um acordo entre l�deres. “Ainda n�o foi poss�vel sentar para fazermos essa discuss�o”, admite o tucano.
Bras�lia
Na C�mara dos Deputados repetiu-se o cen�rio de quarta-feira. A maioria dos parlamentares anotou presen�a, garantiu o sal�rio e foi embora. O Senado funcionou at� meados da tarde de ontem, mas nada de vota��es. Com qu�rum reduzido, integrantes da base da presidente Dilma Rousseff e da oposi��o se alternaram na tribuna para pronunciamentos. Houve at� tempo para provoca��es mais prolongadas. Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Alvaro Dias (PSDB-PR) trocaram ironias sobre a poss�vel candidatura do ex-governador Jos� Serra (PSDB) � prefeitura paulistana.