Nomeado vice-chefe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o auditor da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) Tarc�sio Gomes de Freitas se diz � frente de uma autarquia falida, sem condi��es de executar suas principais fun��es. Esp�cie de interventor do �rg�o, no cargo h� pouco mais de cinco meses, ele desabafa: “O Dnit n�o tem condi��es de tocar o PAC (Programa de Acelera��o do Crescimento). O que fazem com ele � covardia."
Como diretor executivo do Dnit, o auditor concluiu em dezembro estudo que evidencia a impossibilidade de atingir as pretens�es de efici�ncia do programa na �rea de Transportes. O Dnit tem hoje 2.695 servidores de carreira - menos funcion�rios, segundo o diretor, que o Departamento de Estradas de Rodagem de S�o Paulo (DER-SP), com 3,8 mil. Mais da metade do pessoal passou dos 51 anos de idade e um ter�o j� tem ou ter�, at� 2016, condi��es de se aposentar. Para levar adiante 1.196 contratos, a maior parte integrante do PAC, seriam necess�rios 6,8 mil funcion�rios.
“Como � que eu vou ter um bom ambiente de controle num �rg�o que gere R$ 15 bilh�es e tem uma auditoria interna com 7 auditores?” questiona o diretor executivo. Nas palavras do estudo, o Dnit leva “incr�veis 300 dias” para pagar a uma empreiteira pela medi��o de um servi�o.
Em v�rios Estados, obras importantes do PAC, prometidas pela presidente Dilma Rousseff, permanecem no papel ou atrasadas. � o caso da duplica��o da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, e da reforma do Anel Rodovi�rio da capital mineira. H� anos, os dois empreendimentos n�o saem da fase de projeto.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.