PSB cancela encontro com tucanos para n�o ferir �nimos petistas

Incomodados com a press�o de tucanos para a indica��o do vice na chapa de Marcio Lacerda ou a coliga��o proporcional, os socialistas cancelaram nessa quinta-feira o almo�o que teriam hoje para discutir a reedi��o da alian�a entre os dois partidos. Na avalia��o de v�rios l�deres do PSB mineiro, com as novas “exig�ncias”, o PSDB cria mais dificuldades aos l�deres petistas que apoiam a repeti��o da chapa majorit�ria com o PSB. Nas duas �ltimas semanas, o PSDB passou a reivindicar a indica��o do vice na chapa de Lacerda ou a coliga��o proporcional com os socialistas. Os dois pleitos tamb�m s�o feitos pelos apoiadores do prefeito no PT.

Os petistas pr�-Lacerda est�o em campanha interna para convencer filiados a aderirem � tese da reedi��o da alian�a. Em 15 de mar�o ser�o eleitos em cada regional administrativa os delegados do partido que participar�o do Encontro de T�tica Eleitoral e definir�o o posicionamento do PT na sucess�o da Prefeitura de Belo Horizonte.

A leitura de socialistas � de que a pauta tucana apresentada neste momento causa turbul�ncia nos aliados petistas. Para eles, a ruptura entre PSB e PT s� interessa politicamente ao PSDB, que passaria a posi��o de principal aliado na coliga��o e , caso Lacerda se reeleja, parceiro preferencial no futuro governo.

No in�cio desta semana, o presidente municipal do PSDB, Jo�o Leite, e o presidente regional, Marcus Pestana, deram como certo o almo�o hoje na casa de Walfrido Mares Guia, presidente estadual do PSB. A pauta tucana inclu�a de oito a nove itens, entre eles maior participa��o nos eventos de campanha, maior participa��o em um eventual futuro governo, al�m da coliga��o na chapa proporcional com o PSB ou a indica��o do vice na chapa majorit�ria.

“Temos de discutir a alian�a em um novo patamar”, disse Marcus Pestana, em refer�ncia ao fato de nas elei��es de 2008 o PSDB ter apoiado a coliga��o entre o PSB e o PT informalmente e ter tido uma participa��o pouco central no governo eleito. “A administra��o tem boa aprova��o, mas o PSDB, como o maior partido de Minas e com o senador A�cio Neves, l�der que mais influencia a opini�o p�blica, precisa assistir a um salto de qualidade nos termos da alian�a”, argumentou. Segundo Pestana, as pesquisas de opini�o d�o a A�cio um potencial de influ�ncia na decis�o de eleitores que seria quatro vezes superior ao de Fernando Pimentel (PT), ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior. Pimentel seria, segundo Pestana, o segundo l�der mais influente no estado. “Al�m disso, ganhamos todas as �ltimas elei��es em Minas, inclusive com Jos� Serra e com Antonio Anastasia”, ponderou.

A Executiva Municipal do PSDB se re�ne na noite de segunda-feira para analisar a situa��o das negocia��es com os socialistas para a reedi��o da alian�a. Com o encontro de hoje cancelado, n�o ter�o fatos objetivos a apresentar. Para Jo�o Leite, presidente municipal da legenda, a indica��o do vice na chapa ou a coliga��o proporcional s�o reivindica��es das bases tucanas.

Anfitri�o Walfrido Mares Guia procurou nessa quinta-feira minimizar o epis�dio, evitando tensionar ainda mais as negocia��es entre aliados. “Eu havia apenas cogitado esse almo�o com o Marcus Pestana e o Jo�o Leite. Mas vou viajar”, desconversou. O presidente estadual do PSB considerou “natural” o fato de os partidos aliados desejarem a alian�a proporcional com a legenda que det�m a cabe�a da chapa. Mas, segundo ele, esse debate ainda � prematuro. O prefeito Marcio Lacerda disse nessa quinta-feira n�o estar informado sobre o encontro com os tucanos. “Estava viajando. N�o estou sabendo”, esquivou-se.

Para a reedi��o da pol�mica alian�a que elegeu Marcio Lacerda ser� necess�rio n�o apenas aparar as arestas entre petistas e tucanos, os principais aliados. Dentro do PT a quest�o ainda n�o est� resolvida. Entre as propostas debatidas internamente est� o lan�amento da candidatura pr�pria, defendida pelo vice-prefeito Roberto Carvalho.