
Com a ajuda de aliados de outras legendas, os tucanos atacaram Patrus, a quem chamaram de “incoerente” por agora defender a uni�o com Marcio Lacerda – em 2008 ele foi contr�rio � alian�a. “Ele prega tanto o investimento na �rea social e diz que por isso n�o pode estar junto do A�cio. Qual a raz�o ent�o de ter subido no palanque do ex-senador H�lio Costa e do deputado federal Newton Cardoso (ambos do PMDB)? � igual vara de bambu e vai para onde o Lula manda?”, questionou o vice-l�der R�mulo Viegas (PSDB) . No s�bado, Patrus disse querer a continuidade da uni�o com Marcio Lacerda, mas sem o PSDB, citando diferen�as profundas com o ex-governador A�cio. “Nunca o vi subindo periferias, nunca o vi conversando com os pobres, nunca o vi privilegiando pol�ticas p�blicas sociais”, argumentou Patrus.
Viegas, que foi subsecret�rio do governo tucano, defendeu a atua��o de A�cio na �rea social. Disse que o estado foi o primeiro a implementar a Lei Org�nica da Assist�ncia Social (Loas) e alegou faltar coer�ncia a Patrus que, segundo ele, ter� de se conformar com a presen�a do PSDB na chapa. “O PT n�o tem democracia interna. Lula decidiu o Fernando Haddad em S�o Paulo, o Eduardo Paes no Rio de Janeiro, o Gustavo Fruet em Curitiba e aqui ter�o de nos engolir goela abaixo”, afirmou, se referindo aos pr�-candidatos a prefeitos.
O l�der do PSDB, Bonif�cio Mour�o, chamou Patrus de infeliz e citou programas do governo A�cio, como o Pr�-Acesso, para justificar o car�ter social do governo. “O Patrus prega o trabalho aos pobres mas n�o pode ficar s� nas palavras. Tem que mostrar o que tem feito em Minas nesse sentido. Nem de longe chega perto do A�cio”, provocou.
Para Gustavo Valadares (PSD), a declara��o de um homem que muda de opini�o da maneira que o petista fez n�o deve ser considerada. “Ele era anti-Lacerda at� o dia em que o prefeito lhe ofereceu um cargo para ocupar seu tempo ocioso no Conselho Consultivo da Prefeitura. Depois disso mudou de opini�o e virou pr�-Lacerda”, disse Valadares. Os aliados se revezaram na tribuna durante pronunciamento do deputado Duarte Bechir (PSD), que falou durante uma hora sobre o que considerou “demonstra��o de fraqueza pol�tica” do ex-ministro.
Diferen�as
Na mesma tarde, a Executiva do PT divulgou nota reclamando da fala do presidente do PSDB, Marcus Pestana, que j� no s�bado havia rebatido Patrus, criticando a postura do ex-ministro. O tucano ironizou as declara��es lembrando que Patrus esteve contra Lacerda e ao lado de H�lio Costa, chamado de “um dos mais conservadores”. O PT disse que a diferen�a de m�todos e concep��es “n�o permite coliga��es entre os dois partidos” e comparou os governos Lula e Dilma com o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Os petistas tamb�m chamaram os tucanos de antidemocr�ticos e disseram, na nota, se orgulhar da contribui��o dos movimentos sociais em seus quadros. “O perfil autorit�rio e antidemocr�tico do PSDB-MG expressa claramente a ess�ncia da pr�tica pol�tica e a trajet�ria autorit�ria de quem n�o respeita e n�o consegue conviver com as diferen�as. Prova disso s�o os constantes ataques e persegui��es �s lideran�as do PT”. O partido “repudia veementemente a tentativa de desqualificar a lideran�a do ex-ministro Patrus Ananias”, que “tem ilibada trajet�ria pol�tica”. “Ao lado do presidente Lula, contribuiu de forma decisiva para o enfrentamento � pobreza em nosso pa�s”, afirma a nota.