Como candidato do PSDB � Prefeitura de S�o Paulo, Jos� Serra enfrentar� em 2012 o desafio de impedir que os advers�rios avancem sobre os redutos de classe m�dia que deram ao tucano tr�s vit�rias eleitorais na capital paulista nos �ltimos oito anos. Serra teve desempenho quase id�ntico nos primeiros turnos de 2004, quando concorreu � prefeitura, e de 2010, ano em que disputou a Presid�ncia. Com apenas uma exce��o, ele venceu e perdeu nas mesmas zonas eleitorais, com porcentuais de votos muito pr�ximos.
Gabriel Chalita (PMDB), com tempo de propaganda que o credencia a eventualmente romper a polariza��o PSDB-PT, nunca concorreu a cargos executivos, mas seu mapa de vota��o como candidato a vereador e a deputado federal mostra uma base de classe m�dia, principalmente em �reas fronteiri�as ao chamado centro expandido. Os movimentos do PT e o perfil de Chalita indicam que os redutos de Serra ser�o os principais palcos da batalha eleitoral.
Antecedentes
Nas tr�s elei��es em que ficou em primeiro lugar em S�o Paulo, Serra polarizou a disputa com um candidato do PT - partido cujo eleitorado, de perfil oposto ao do PSDB, se concentra nos extremos leste, sul e noroeste da cidade. Nos tr�s epis�dios, era o PT quem enfrentava alta rejei��o - obst�culo, agora, para o tucano. Segundo a �ltima pesquisa Datafolha, publicada no domingo, 30% dos eleitores paulistanos n�o votariam de jeito nenhum no representante do PSDB.
Haddad, agora, tem baixa rejei��o, o que pode ser decorr�ncia do fato de ser pouco conhecido entre os paulistanos. Apenas 41% dos eleitores sabem quem � Haddad, segundo o Datafolha. Serra, por sua vez, � conhecido por 99%.
O ex-ministro da Educa��o tem como trunfo dois cabos eleitorais importantes - a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. A primeira ganhou pontos na classe m�dia e ampliou sua popularidade no Sudeste no primeiro ano de mandato. O segundo � o pol�tico cujo apoio mais pode beneficiar um candidato, segundo a pesquisa Datafolha.
Antes de avan�ar sobre o eleitorado que tem sido hostil ao PT nos �ltimos anos, o ex-ministro da Educa��o busca ganhar espa�o entre os simpatizantes tradicionais. O pr�-candidato tem feito incurs�es a bairros perif�ricos para se apresentar a cabos eleitorais petistas e ouvir reivindica��es de l�deres locais.