A presidente Dilma Rousseff disparou na manh� desta segunda-fei9ra novas cr�ticas � pol�tica monet�ria de pa�ses desenvolvidos, que segundo n�meros do Banco de Compensa��es Internacionais (BIS) despejaram US$ 8,8 trilh�es em liquidez na economia mundial desde o in�cio da crise. De acordo com a presidente, as medidas causam "desvaloriza��o artificial" das moedas, "equivalem a barreiras tarif�rias" e geram bolhas e especula��o. O assunto, garantiu a chefe de Estado, ser� tratado hoje com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Dilma se mostrou contrariada com os novos n�meros divulgados pelo BIS e disse que n�o apenas o Brasil, mas todos os pa�ses emergentes, o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e o pr�prio BIS est�o preocupados com a enxurrada de dinheiro novo no sistema financeiro. "O efeito � internacional, n�o nacional. Como o mundo � globalizado, quando voc� tem um n�vel de expans�o desses, se produz dois efeitos: um � a desvaloriza��o artificial da moeda. (...) O outro problema s�rio � que cria uma massa monet�ria que n�o vai para a economia real. O que se produz? Bolha. Bolha, especula��o", protestou.
A "desvaloriza��o artificial" da moeda, segundo a presidente, n�o tem como efeito ganhos de competitividade das economias dom�sticas. "O que se est� fazendo equivale a uma barreira tarif�ria. Todo mundo se queixa de barreira tarif�ria, de protecionismo", acusou.
Questionada pela reportagem se ao reclamar para a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o governo brasileiro n�o estava pedindo a interven��o na autonomia do BCE, Dilma respondeu: "N�o, sabe por qu�? Porque est�o interferindo na nossa." "O que o Brasil quer com isso � mostrar que est� em andamento uma forma concorrencial de prote��o de mercado, que � o c�mbio. N�o � tarifa; � o c�mbio, que virou uma forma artificial de prote��o", reiterou.
A presidente tamb�m ressaltou que o governo vai tomar medidas e citou o recente aumento do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) como parte da estrat�gia, mas negou que defenda a quarentena de capital externa. "Somos uma economia soberana. Tomaremos todas as medidas para nos proteger. Vamos ver quais medidas, como essa que tomamos recentemente sobre o IOF."