
Desde sua posse, em janeiro do ano passado, esta � terceira vez que a presidente ir� ao Congresso. Dilma n�o gosta do varejo da pol�tica nem de negociar cargos e emendas parlamentares, mas decidiu fazer um gesto ap�s a rebeli�o, liderada pelo PMDB, que resultou no veto � recondu��o de Bernardo Figueiredo para o comando da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A ida de Dilma ao plen�rio do Senado, onde ela recebe o pr�mio Mulher Cidad� Bertha Lutz, ocorre no mesmo dia do depoimento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, � Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE).
O tom do discurso de Dilma no Senado foi decidido ap�s v�rias conversas que ela teve, nos �ltimos dias, com pesos-pesados do PMDB, partido que n�o esconde a insatisfa��o com o avan�o do PT sobre cargos no governo. A lista dos interlocutores com quem Dilma se aconselhou incluiu o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP). Todos foram un�nimes em dizer a ela que era preciso "ouvir" mais os aliados e fazer um gesto, se n�o quisesse sofrer novas derrotas. Foi com receio de novo rev�s que o Planalto adiou na semana passada, por tempo indeterminado, a vota��o do C�digo Florestal na C�mara.