
A reportagem publica abaixo uma das manifesta��es. Outro documento, uma carta de intelectuais e artistas que ser� entregue � Casa Civil (cujo primeiro nome assinado � o da atriz Fernanda Montenegro) diz que, “na hip�tese de haver a decis�o de substitui��o do titular da pasta da Cultura - tema veiculado na m�dia, mas n�o necessariamente verdadeiro - a classe cultural, aqui representada em suas diversas linguagens e regi�es, vem dar sua contribui��o c�vica, politico-participativa, e apresentar um nome que, certamente, faria a diferen�a na hist�ria do Minist�rio da Cultura, e aglutinaria os mais diversos segmentos ao seu redor: Danilo Santos de Miranda.”
Danilo Miranda, diretor do Sesc S�o Paulo, � um nome sempre recorrente em �poca de crise no MinC. Anteriormente, ele se mostrava reticente, mas agora diz a interlocutores que, se convidado, aceitaria. Quarta-feira, em S�o Paulo, na festa dos 25 anos do Ita� Cultural, o ator Dan Stulbach disse que “se ministro da Cultura fosse eleito pelo voto direto, Danilo Miranda teria o meu voto”. Mas outros nomes tamb�m est�o sendo lan�ados por diversos grupos, entre eles o da atriz Carla Camurati (diretora do Teatro Municipal do Rio de Janeiro) e o da historiadora Rosa Maria Ara�jo, do MIS carioca (irm� do novelista Gilberto Braga e parceira de Sergio Cabral no musical Sassaricando).
S�o manifesta��es desinibidas, calcadas no fato de que Ana de Hollanda desfruta hoje de uma rara unanimidade negativa. A gota d’�gua, na semana passada, foi a revela��o (pelo blog Farofaf�) de que o MinC advogou em favor do Escrit�rio de Arrecada��o e Distribui��o de Direitos (Ecad) em um processo no qual a institui��o autoral � acusada de carteliza��o e gest�o fraudulenta. O processo est� em julgamento no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica). O Minist�rio da Cultura recusou-se a comentar o caso.
Por causa da den�ncia, baseada em documento enviado pelo MinC ao Minist�rio P�blico Federal, a ministra foi convidada a se explicar no Senado. Ainda n�o disse se vai aceitar o convite. Caso aceite, dificilmente ter� argumentos para convencer os senadores, j� que est� demonstrada cabalmente sua defesa do Ecad (denunciado pelo pr�prio governo, por meio do Minist�rio da Justi�a). Caso n�o aceite, poder� municiar ainda mais a oposi��o � sua gest�o, corroborando acusa��es.