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Estado de Minas

Argentina temeu ambi��o nuclear de Lula, diz WikiLeaks


postado em 23/03/2012 09:22

A Argentina temeu que as ambi��es internacionais do governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva levassem o Brasil a rever seus compromissos na �rea de prolifera��o nuclear - caminhando perigosamente rumo � bomba at�mica. Em conversa reservada com diplomatas americanos no dia de Natal de 2009, funcion�rios argentinos disseram que uma “luz amarela” acendera em Buenos Aires diante da aproxima��o do Brasil com o Ir� de Mahmoud Ahmadinejad e da abertura de uma embaixada brasileira na Coreia do Norte.

O relato completo do encontro est� entre as centenas de cabos da Embaixada dos EUA em Buenos Aires divulgados pelo WikiLeaks. “Confidencial”, a mensagem revela como tra�os da rivalidade hist�rica no campo nuclear entre os vizinhos n�o foram totalmente apagados, nem mesmo com a aproxima��o a partir do fim dos anos 80 e a calorosa rela��o entre os governos Lula e N�stor Kirchner.

Chefe da dire��o de assuntos at�micos da Chancelaria de Buenos Aires, Gustavo Ainchil falou sobre o temor argentino � embaixadora americana Vilma Mart�nez. Amparado em sua “imensa popularidade”, Lula adotou uma pol�tica externa “arriscada”, analisou o argentino. Al�m do Ir� e da miss�o em Pyongyang, Ainchil cita o fato de o Brasil ser “o �nico Bric” sem a bomba at�mica - em 2009, a �frica do Sul ainda n�o integrava o grupo. Ainchil diz que h� “certo al�vio” na Argentina com o iminente fim do governo Lula. “Nenhum sucessor tentar� manter uma pol�tica externa t�o arriscada.”

Preocupa��o


Antes dessa conversa, outro diplomata argentino, n�o identificado, havia procurado a Embaixada dos EUA em Bras�lia com a mesma mensagem de preocupa��o. O despacho revelado pelo WikiLeaks foi enviado dois meses ap�s o vice-presidente Jos� Alencar ter defendido uma arma nuclear brasileira, o que “daria mais respeitabilidade” ao Pa�s. Procurados pela reportagem, os governos da Argentina, EUA e Brasil n�o quiseram se pronunciar oficialmente.

A Argentina chegou a pensar numa resposta a uma eventual retirada do Brasil da ag�ncia argentino-brasileira de controle nuclear (ABACC) ou mesmo na possibilidade - “improv�vel” - de o Pa�s fabricar a bomba. Os argentinos, ent�o, buscariam “desenvolver tecnologia nuclear pac�fica avan�ada para mostrar sua capacidade, mas sem seguir o caminho todo at� a bomba”.

Federico Merke, da universidade argentina de San Andr�s, diz que o cabo do WikiLeaks “� uma boa descri��o da incerteza que existe entre funcion�rios e analistas argentinos”. “O Brasil n�o � visto como um pa�s que logo ter� a bomba, mas como um Estado que n�o termina de tornar transparente seu programa nuclear”, afirmou.


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