O pr�-candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad disse nesta segunda-feira que conta com a coer�ncia do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para uma futura coliga��o entre as duas legendas em S�o Paulo. "Conhe�o o Eduardo Campos e � frente do Minist�rio da Educa��o fomos os que mais investirmos na educa��o do Nordeste como um todo. � um governador que eu admiro e que tem uma trajet�ria de coer�ncia. Confiamos nesta parceria, que � estrat�gica", disse o petista, durante visita � regi�o do Itaim Paulista, na zona leste da capital.
Para o petista, PSB e PT t�m "todas as condi��es" para estar juntos nas elei��es municipais. Ele reiterou que n�o tem pressa para definir alian�a com o partido de Campos. "A ansiedade n�o faz parte da minha personalidade. Eu aguardo os acontecimentos com muita tranquilidade. Tudo tem seu tempo", afirmou. Haddad revelou que ainda n�o foi informado sobre o teor da conversa entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o presidente nacional do PSB e dirigentes do PT, na noite de domingo, em S�o Bernardo do Campo, mas est� seguro de que "a conversa foi boa".
Deselegante
Haddad evitou comentar a vit�ria apertada de Jos� Serra nas pr�vias tucanas. "Entendo que � um assunto interno do PSDB. Considero um pouco deselegante falar a respeito de assuntos que n�o s�o relativos ao PT", esquivou-se. O pr�-candidato petista disse tamb�m que nunca descartou a possibilidade de ter Serra como oponente. "Eu sempre considerei que Serra seria o candidato do PSDB, nunca tive ilus�es a respeito disso."
Apesar de n�o querer entrar em detalhes sobre o resultado da pr�via tucana, Haddad rebateu as cr�ticas de Serra sobre a nacionaliza��o da disputa em S�o Paulo. "Penso que sobraram cr�ticas ao governo federal, apesar do discurso, e faltou autocr�tica � gest�o municipal. A gest�o est� com problemas e esses problemas n�o s�o assumidos pelo candidato."
O petista lembrou que a atual administra��o � chamada de gest�o Serra/Kassab e que parte dos cargos ocupados hoje na Prefeitura foram indicados pelo ex-governador Jos� Serra. "Os dois fazem quest�o de dizer que � a gest�o Serra/Kassab, n�s estamos tratando como eles tratam. N�o estamos sendo desrespeitosos", ressaltou. E acrescentou: "N�o h� como desvincular as duas gest�es."
Haddad reafirmou que gostaria de fazer um debate sobre os problemas da cidade, mas notou um tom cr�tico no discurso de Serra sobre o governo federal. "� at� inexplic�vel, num certo sentido, porque a presidente Dilma n�o est� aqui para responder e foi alvo de cr�ticas, na minha opini�o, infundadas, desnecess�rias e inoportunas. Estamos tratando de uma quest�o local e se falou muito do governo federal," observou.
O candidato petista come�ou sua agenda pol�tica por volta das 10h em encontro com religiosos cat�licos da regi�o do Itaim Paulista, visitou um hospital, uma cooperativa de micro-�nibus e uma central de coleta seletiva de lixo. � tarde, esteve numa obra de urbaniza��o de favelas do PAC e visitou uma escola.