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Estado de Minas

Coliga��o traz novo impasse nas elei��es de BH

Ao exigir a alian�a com o PSB na disputa para vereadores, o PT desagradou: os socialistas querem lan�ar chapa sozinhos, enquanto os tucanos temem fortalecimento dos petistas


postado em 27/03/2012 06:00 / atualizado em 27/03/2012 09:22


Um dos pontos considerados priorit�rios na defini��o do PT de Belo Horizonte pela reedi��o da alian�a que elegeu o prefeito Marcio Lacerda (PSB) se tornou motivo para mais um conflito com os outros partidos da uni�o, PSB e PSDB. O PT quer fazer coliga��o proporcional com o PSB para as vagas na C�mara Municipal de BH. A ideia desagrada a setores do PSB na capital, que j� fazem as contas de quantas cadeiras perderiam no Legislativo caso seja formada a chapa com o PT. J� os tucanos tentam puxar a corda para o outro lado, temendo o fortalecimento dos petistas na Casa, e tamb�m pedem coliga��o para vereador com os socialistas.

Mesmo unidos pela candidatura de um prefeito, os partidos n�o precisam se aliar em chapas para vereadores. Mas, especialmente para os atuais vereadores do PT, a coliga��o proporcional com o PSB virou uma quest�o de “sobreviv�ncia”, j� que, sem a uni�o, o partido pode perder vagas na C�mara. Pelo mecanismo, os votos de todos os partidos coligados s�o somados para formar o quociente eleitoral, que determina o n�mero de cadeiras a serem destinadas a uma chapa, o que aumenta as chances de alguns candidatos. Se for com o partido de um candidato a prefeito, caso do PSB, a coliga��o � vista com ainda mais interesse por outras legendas, j� que h� eleitores que repetem na urna o n�mero do escolhido para prefeito na vota��o para vereador.

Pelas contas dos petistas, com a coliga��o, eles poderiam pular de seis para oito cadeiras de vereadores. Sem a chapa com os socialistas, o PT calcula perder duas vagas, o que causa arrepio aos futuros candidatos. Para os atuais parlamentares, a situa��o se tornou ainda mais dram�tica com o poss�vel lan�amento de candidaturas no pr�prio PT consideradas fortes, como a do filho do ex-ministro Patrus Ananias, Pedro Ananias.

Do outro lado, o presidente municipal do PSDB, deputado estadual Jo�o Leite, tamb�m diz que o partido teria interesse na coliga��o. Sem ela, a previs�o da legenda � conquistar cinco cadeiras na C�mara. Caso saiam com o PSB, o n�mero de vereadores eleitos poderia at� dobrar. Hoje, h� quatro vereadores tucanos. “Temos conversado com os dirigentes do PSB. J� aceitamos o convite para integrar a alian�a pela reelei��o do Marcio Lacerda e nos interessa sairmos juntos tamb�m para vereador”, diz. Nos bastidores, tucanos revelam que o PSDB at� abriria m�o da coliga��o, mas estaria fazendo press�o para n�o ver o fortalecimento do PT na C�mara.
 
Rejei��o

Apesar do cortejo dos dois aliados, alguns setores do PSB n�o querem nem ouvir falar de coliga��o. Apostando na reelei��o de Marcio Lacerda, eles preferem n�o se aliar a qualquer partido para a C�mara Municipal. Acreditam que far�o sete vereadores, mais que dobrando o atual quadro de tr�s parlamentares. Com coliga��es, a legenda poderia at� perder uma cadeira. O tema j� foi votado em plen�ria do diret�rio municipal no ano passado, quando a maioria disse “n�o” a alian�a na disputa proporcional.

“N�o � com o PT ou PSDB. N�o aceitamos esse tipo de uni�o com qualquer partido. O PSB tem uma �tima chapa de vereadores, j� definida h� um ano”, argumenta o vereador Daniel Nepomuceno (PSB), acrescentando que “at� entende a reivindica��o dos petistas”. Ele destaca que as plen�rias do partido s�o “soberanas” e, em conversas com o aliado, eles devem se manter “firmes”. “Se for assim, vai ter de fazer coliga��o com qualquer partido.”

O vereador F�bio Caldeira (PSB) refor�a a opini�o do colega. “Sou contra qualquer coliga��o proporcional no Brasil”, resume. O tema j� foi at� tema de doutorado do parlamentar. Na tese, ele defende que o mecanismo � “um dos fatores para a fragmenta��o e fragilidade do nosso sistema partid�rio.” “Nada mais s�o do que um recurso usado pelas lideran�as pol�ticas para se fortalecerem e aumentarem seu cacife no processo pol�tico”, refor�a. J� o presidente municipal do PSB, Jo�o Marcos Grossi, � menos enf�tico. “A decis�o do ano passado (de n�o se coligar com outros partidos) � s� um indicativo. Vamos conversar com o PT.”

Politiqu�s/portugu�s

ALIAN�A PROPORCIONAL


A coliga��o proporcional � um mecanismo do sistema eleitoral que soma o voto de todos os partidos coligados. Como exemplo, imagine que o quociente eleitoral necess�rio para se eleger um candidato � de 100 votos. Se cinco partidos receberem 40 votos cada um na soma de seus candidatos, ningu�m desses partidos � eleito. Caso estejam coligados, os 40 votos s�o multiplicados por cinco, totalizando 200 votos e, assim, a coliga��o elege pelo menos dois candidatos. A coliga��o � s� para efeito de elei��o, ou seja, termina no dia da elei��o, sem resultar em alian�as nos legislativos.


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