Governo busca acordo para votar C�digo Florestal

O governo iniciou nesta quarta-feira um di�logo com a bancada ruralista, para tentar chegar pelo menos a um acordo de procedimentos para votar o C�digo Florestal. Em reuni�es separadas com os l�deres do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e na C�mara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), Dilma os orientou a dizer � bancada ruralista que vai reeditar o decreto que suspende multas a propriet�rios rurais que desmataram ilegalmente e que vencer� no dia 11.

"Certamente, se houver necessidade de prorrogar para facilitar o processo de di�logo, negocia��o e de entendimento - e eu reitero a nossa posi��o em rela��o ao texto do Senado e � posi��o de n�o ter anistia para desmatador e um c�digo que n�o leva a novos desmatamentos, mas que tamb�m assegure ter a seguran�a jur�dica do produtor rural - obviamente, o governo ter� sensibilidade, a gente ir� propor a prorroga��o como foi feito no passado para viabilizar o processo de debate", comunicou a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), logo depois de se encontrar com a presidente Dilma, no Pal�cio do Planalto.

De acordo com informa��es de bastidores do governo, h� hoje a informa��o de que a bancada ruralista conseguir� derrotar a orienta��o do Planalto, de evitar a anistia e de tirar do texto do C�digo Florestal a parte que determina o reflorestamento de �reas desmatadas pr�ximas aos rios e c�rregos. Ent�o, Dilma disse aos l�deres que eles devem negociar com os ruralistas um procedimento de vota��o. Nesse acordo, a C�mara aprovaria o projeto do Senado, apoiado pelo governo.

Os ruralistas poderiam fazer dois ou tr�s destaques nos pontos que querem mudar. Nessa hora, haveria o enfrentamento. Mas, com a aprova��o do texto-base do Senado, o Pa�s teria o seu C�digo, uma garantia de seguran�a jur�dica para os produtores rurais e uma forma de tirar mais de 1 milh�o deles da ilegalidade. E os ruralistas poderiam ir para as campanhas eleitorais nos munic�pios dizer que votaram o C�digo Florestal do jeito que seus eleitores queriam.