O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), � quem vai decidir sobre o pedido de habeas corpus de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que est� preso desde fevereiro acusado de chefiar a explora��o de jogos ilegais em Goi�s.
Nesta quarta-feira, a ministra Laurita Vaz declarou estar impedida de julgar o pedido ingressado pela defesa de Cachoeira. Por ter atuado em Goi�s e diante do envolvimento de Cachoeira com autoridades p�blicas no estado, a ministra optou por deixar o caso para garantir a imparcialidade no processo, j� que Cachoeira pode ter se envolvido com autoridades com as quais a ministra j� teve contato.
“Sou oriunda do estado de Goi�s, onde exerci cargos direta ou indiretamente relacionados a institui��es locais. Tendo em conta a denunciada abrang�ncia de sua suposta atua��o [de Carlinhos Cachoeira] no estado, com o pretenso envolvimento de v�rias autoridades p�blicas, com as quais, algumas delas, tive algum tipo de contato social ou profissional, ao meu sentir, � prudente declarar minha suspei��o, a fim de preservar a incolumidade do processo penal”, alegou a ministra.
Com a recusa de Laurita Vaz, o processo foi deslocado para Dipp, que dever� decidir, individualmente, se Cachoeira pode ser colocado em liberdade.
Grava��es feitas pela PF mostram di�logos de alguns parlamentares de Goi�s com Cachoeira ou pessoas ligadas a ele. O parlamentar mais atingido pelas den�ncias � senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), acusado de tr�fico de influ�ncia em favor de Cachoeira.
Tamb�m foram reveladas conversas da ent�o chefe de gabinete do governador de Goi�s, Marconi Perillo, Eliane Gon�alves Pinheiro, com Cachoeira. Ela deixou o cargo e, desde ent�o, surgiu a suspeita de que Perillo tamb�m pudesse estar envolvido no esquema de jogos ilegais no estado.