A nova fase de coopera��o econ�mica entre Brasil e Estados Unidos, costurada nas �ltimas semanas entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, est� longe de eliminar as pend�ncias bilaterais, mas j� deixou bem claro seus alvos priorit�rios. Do lado brasileiro a expectativa est� em receber conhecimento e tecnologia para promover a inova��o do setor industrial. Para os norte-americanos, o interesse � sustentar o crescimento dos lucros com o turista brasileiro – facilitado pela abertura de dois consulados no Brasil, um deles em Belo Horizonte – e, ainda, aumentar a presen�a na explora��o de petr�leo e g�s da camada do pr�-sal.
O governador Antonio Anastasia (PSDB) se encontrou com Hilary e agradeceu a secret�ria pela abertura do consulado em BH. “A secret�ria de Estado Hillary Clinton n�o s� confirmou a abertura do consulado, como havia anunciado nos Estados Unidos, mas reafirmou a import�ncia de Minas, que conhece a capacidade econ�mica de nosso estado, o relacionamento que temos com os Estados Unidos, a presen�a de mineiros naquele pa�s, o fluxo tur�stico t�o importante”, comemorou Anastasia.
Pr�-Sal O encontro serviu para confirmar tamb�m o passo seguinte aos acordos firmados entre os dois pa�ses durante a vinda de Obama ao Brasil, em mar�o de 2011, e da visita, h� uma semana, de Dilma a Washington. Mas tamb�m apontou outros desafios. “Nossa rela��o implica maior crescimento, mas precisamos resolver alguns problemas, como eliminar a bitributa��o e considerar um acordo de livre com�rcio”, reconheceu.
Para uma plateia de 150 empres�rios brasileiros, Hillary sublinhou setores nos quais os governos estar�o empenhados para criar condi��es favor�veis aos neg�cios. �s ind�strias petrol�fera e de turismo se somam as de aeron�utica, defesa e biocombust�veis. “� muito animador ver o futuro � frente do Brasil, aberto pela produ��o de petr�leo em sua costa. S�o oportunidades que tamb�m implicam em grande responsabilidade”, disse Hillary.
A secret�ria acredita que o “mundo est� de olho no Brasil” e que o pa�s ganha admiradores n�o apenas em raz�o do novo patamar econ�mico, mas da ascens�o da classe m�dia e do combate � pobreza com abertura de oportunidades para todos. “Apesar disso, o bom momento de prosperidade n�o garante crescimento econ�mico permanente. A resposta para sua manuten��o se chama inova��o”, acrescentou Hillary. Nesse sentido, ela destacou as iniciativas de empresas norte-americanas instaladas no pa�s, como Microsoft e Cisco, de criar centros de pesquisa, al�m dos acordos rec�m-assinados pela presidente Dilma com centros acad�micos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e de Harvard para beneficiar alunos com bolsas de estudo.
Banco de tr�s pernas
A secret�ria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, comparou o Brasil a um banquinho de tr�s pernas. "Sempre digo que as economias vencedoras s�o semelhantes a um banco de tr�s pernas. Uma � o governo respons�vel, outra � um setor privado s�lido e a terceira perna � a sociedade civil forte, que defende os que n�o t�m voz. Se essas pernas n�o se equilibram, o banco cai, e o Brasil � um exemplo de hist�ria de sucesso de um banco de tr�s pernas", disse. Hillary elogiou ainda a presidente da Petrobras, Gra�a Foster, com quem se reuniu pela manh�, e a presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff. "Para mim � muito entusiasmante a ascens�o de mulheres no Brasil. � outra grande boa not�cia da lideran�a do Brasil no
mundo", enfatizou.