O pr�-candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad revelou nesta quarta-feira, em entrevista exclusiva ao Grupo Estado, que tem na presidente Dilma Rousseff uma "conselheira" em sua estreia na disputa eleitoral para um cargo no executivo. Estreante no palanque eleitoral, o petista contou que Dilma o aconselha sempre a "resistir �s agress�es" dos oponentes. "O desafio � n�o cair em pequenas armadilhas que desfoquem a aten��o do cidad�o para o problema que interessa a ele, que � a cidade de S�o Paulo", afirmou.
Embora a presidente diga que se manter� longe das campanhas, em especial em locais onde candidatos da base aliada do governo federal disputam o pleito, como � o caso de S�o Paulo, que tem o deputado federal Gabriel Chalita como pr�-candidato do PMDB, Haddad j� estabeleceu linha direta com Dilma. "Conversamos longamente sobre o assunto, at� pela coincid�ncia de vivermos uma situa��o an�loga. Ela viveu a sua primeira elei��o sendo ministra do Lula, eu estou vivendo minha primeira experi�ncia eleitoral sendo ministro dela e do Lula", disse.
Apesar da orienta��o constante de Dilma nos bastidores, o pr�-candidato ponderou que, como presidente da Rep�blica, ela dosar� sua participa��o na campanha em S�o Paulo. "Ela � quem precisa saber da conveni�ncia para seu governo quanto a manifestar apoio expl�cito � minha candidatura", observou.
Em alto n�vel
Durante entrevista transmitida ao vivo pela R�dio Estad�o/ESPN, no programa Metr�pole, Haddad lembrou a campanha presidencial de 2010, quando temas pol�micos, como aborto, foram levantados no debate. O petista disse que gostaria que a campanha municipal tivesse um n�vel diferente do �ltimo pleito e que espera que o pr�-candidato do PSDB, Jos� Serra, adote uma postura mais propositiva.
"Minha sensa��o � que o PSDB deve ter aprendido com 2010, e isso n�o sou eu quem est� falando, � o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o hoje senador A�cio Neves (PSDB-MG). Eles criticaram a campanha do (ex) prefeito (Jos� Serra) em 2010 e classificaram a campanha como ruim para o pr�prio PSDB", ponderou Haddad. E garantiu: "Eu quero crer que o PSDB tenha aprendido com isso e nos ofere�a uma campanha de melhor n�vel. N�s faremos uma campanha de excelente n�vel".
Transpar�ncia total
Questionado sobre a possibilidade de temas como o esc�ndalo envolvendo o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o julgamento do Mensal�o contaminarem a campanha municipal em S�o Paulo, o petista defendeu "transpar�ncia total" nos dois casos. "Se precisar apurar, apura. Se precisar punir, desde que com Justi�a e com base nas provas, que se puna. N�o podemos conviver com a impunidade e com a opacidade, com a n�o transpar�ncia da pol�tica", pregou.
Para Haddad, os pol�ticos n�o podem temer que suas vidas sejam expostas � popula��o. "N�s temos de expor a nossa vida com tranquilidade. Se voc� n�o tem perfil para servir ao povo, vai fazer outra coisa. Sou a favor da transpar�ncia total", acrescentou.
Haddad foi o segundo pr�-candidato � Prefeitura de S�o Paulo a participar da s�rie de entrevistas sobre elei��es municipais, promovida pelo Grupo Estado. Ontem (17) a entrevistada foi a pr�-candidata Soninha Francine (PPS). Nesta sexta-feira, o entrevistado ser� Celso Russomanno (PRB). Na pr�xima semana, ser�o entrevistados Netinho de Paula (PCdoB), no dia 25, e o peemedebista Gabriel Chalita, no dia 27. O pr�-candidato do PSDB Jos� Serra, ainda n�o confirmou sua participa��o.