O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na ter�a-feira � noite, manter um tempo da propaganda partid�ria do PT na TV e no r�dio que o pr�prio partido j� dava como perdido. A dire��o petista quer utilizar as inser��es para turbinar a pr�-candidatura de Fernando Haddad em S�o Paulo para tentar tir�-lo dos 3% de inten��es de voto.
Embora o programa seja nacional, tecnicamente o PT pode separar a cadeia de r�dio e TV, e nesta quinta deve definir a separa��o da capital paulista e sua regi�o metropolitana do restante da rede. Com isso, poder� usar Haddad em um n�mero maior de inser��es. O ex-ministro, no entanto, n�o deve aparecer em todos os “programetes”, porque dever� dividir o espa�o com Lula e Dilma. O tempo a ser destinado ao pr�-candidato ser� discutido nesta quinta entre a dire��o nacional e o diret�rio municipal.
“A dire��o nacional ainda vai se reunir para discutir como utilizar o tempo e qual vai ser a linha do programa”, sustentou um cauteloso Haddad, que h� semanas, assim como o partido, j� jogara a toalha e sustentava que seu crescimento nas pesquisas s� se daria em agosto, com o vigor do hor�rio eleitoral gratuito na televis�o e no r�dio.
Ainda que legalmente n�o possa fazer campanha, o PT usar� o espa�o para promover a imagem do ex-ministro da Educa��o, e associ�-lo ao ex-presidente, � atual presidente e ao partido. A legenda assumir�, com isso, o mesmo risco que assumiu com Dilma em 2010, justamente o que fez o PT perder parte de sua propaganda partid�ria neste ano. No partido, no entanto, h� consenso de que � necess�rio repetir a estrat�gia de dois anos atr�s, mesmo sob risco de novas penalidades, j� que � a �nica m�dia nacional que o PT ter� no primeiro semestre, uma vez que as grandes emissoras de televis�o ainda n�o come�aram a cobrir a campanha. A t�tica, dizem integrantes da dire��o do partido e da pr�-campanha, funcionou para tornar Dilma conhecida e elevar as inten��es de voto.
Al�m dos 15 minutos em inser��es do programa nacional, os petistas ainda ter�o dois minutos e meio em inser��es estaduais em 22 de junho, resqu�cios do tempo de televis�o do PT paulista, que tamb�m foi quase todo cassado pela Justi�a Eleitoral.