O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim fez cr�ticas duras ao PMDB em um discurso nesta tarde pontuado por cobran�as � c�pula partid�ria durante o "II F�rum Nacional - o PMDB e as elei��es municipais 2012". As declara��es de Jobim causaram um constrangimento vis�vel na mesa de trabalhos repleta de autoridades peemedebistas, incluindo o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer; o presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), os l�deres dos partidos na C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), e no Senado, Renan Calheiros (AL).
Jobim cobrou da c�pula partid�ria projetos e posi��es. "Porque n�o temos opini�o, Michel, nos tornamos homologadores. Nos cobram lealdade de posi��es das quais n�o participamos", disse. E continuou: "A sobreviv�ncia do PMDB est� dependendo de termos cara e voz. � o momento de termos cara e voz. Quem n�o tem cara e voz curva-se e quem se curva leva um pontap�", concluiu Jobim no discurso.
O ex-ministro defendeu, indiretamente, uma candidatura pr�pria do PMDB � presid�ncia da Rep�blica. Ele disse que "ter posi��es � correr risco" e que a �ltima vez que o PMDB correu risco foi com a candidatura de Ulisses Guimar�es � presid�ncia da Rep�blica em 1989. Jobim coordena uma comiss�o de not�veis criada pelo presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), para discutir o pacto federativo e foi ao f�rum fazer uma palestra sobre "Os munic�pios e o pacto federativo".
Em seu discurso, Jobim afirmou que estava ali para levantar problemas e que cabia � c�pula do partido ali presente a responsabilidade de fazer com que o partido tenha posi��es. Coube ao vice-presidente, Michel Temer, responder a Jobim.
Em um discurso feito na maior parte do tempo de costas para o ex-ministro, Temer disse que n�o se pode dizer nunca que o PMDB "fraqueja". Ele disse que o C�digo Florestal e o projeto que criou a aposentadoria complementar do servidor p�blico s�o exemplos de programas do PMDB que foram levados � frente. Disse que o partido sempre foi municipalista e levantou a bandeira do pacto federativo. "Temos de trabalhar por isso", disse.
Temer afirmou que a eventual candidatura pr�pria do partido � Presid�ncia da Rep�blica, em 2014, � ainda uma quest�o aberta. "Temos de nos preparar e isso depende de est�gios. A primeira � a elei��o municipal e temos de nos dedicar a isso", disse Temer. "Temos de ter o controle das duas Casas do Congresso Nacional", afirmou ainda. O vice-presidente pregou a unidade e a integra��o do PMDB.