Enquanto o tema homofobia vem sendo tratado com cuidado na campanha do pr�-candidato do PT � Prefeitura de S�o Paulo, Fernando Haddad, a milit�ncia gay do partido inicia uma press�o interna para a incorpora��o de propostas de combate � discrimina��o sexual na plataforma de governo do ex-ministro.
L�deres do n�cleo LGBT do PT se reunir�o com Haddad nesta quinta no diret�rio municipal para apresentar ideias de combate ao preconceito na capital paulista. “N�s n�o abriremos m�o desta conduta”, garantiu Marcos de Abreu Freire, coordenador do grupo LGBT da Central �nica de Trabalhadores (CUT) e pr�-candidato da sigla � C�mara Municipal.
O assunto vem sendo abordado com extrema cautela pela c�pula petista desde a pol�mica do chamado o kit anti-homofobia – elaborado pelo Minist�rio da Educa��o durante a gest�o de Haddad e cuja distribui��o em escolas foi cancelada depois de protestos de lideran�as religiosas.
Dentre as propostas que ser�o apresentadas nesta quinta, o n�cleo LGBT do partido pedir� que Haddad resgate e adote o projeto engavetado pela presidente Dilma Rousseff nas escolas.
Se agregar essas demandas, Haddad ter� a dif�cil tarefa de concili�-las com as exig�ncias feitas por lideran�as religiosas nas costuras de eventuais alian�as. “� uma quest�o que � poss�vel convergir”, minimizou o chefe da coordena��o da pr�-campanha e presidente do PT municipal, vereador Antonio Donato. Os l�deres da milit�ncia asseguram que n�o v�o admitir que propostas sejam moeda de troca nas negocia��es.
Militantes gays do PT recordam e cobram do atual pr�-candidato as mesmas liga��es estreitas que tinham com a atual senadora Marta Suplicy, ex-prefeita da capital. Por isso, a reuni�o desta quinta ser� para apresentar Haddad � milit�ncia. “A parceria de Marta com o LGBT � inquestion�vel. Mas diferente da Marta, que tem uma rela��o hist�rica conosco desde os anos 80, o Haddad ainda tem uma hist�ria a ser constru�da”, disse Marcelo Hailer, militante gay.
Eixos
As propostas pregam o combate � homofobia em cinco eixos da administra��o: na educa��o, na cultura, na sa�de, no transporte e no trabalho. Em educa��o, por exemplo, o grupo prop�e uma campanha de incentivo a professores transg�neros nas salas de aula, al�m da ado��o do kit gay – como ficou conhecido o material do MEC.
Na �rea da sa�de, o texto sugere o uso do nome social no SUS. Freire quer ainda que a criminaliza��o da homofobia vire bandeira da campanha.