Os programas de erradica��o da mis�ria, tratados como prioridades do governo federal, e destacados durante o Exame Peri�dico Universal (EPU) do Brasil, nesta sexta-feira, em Genebra, n�o s�o considerados pela comunidade internacional suficientes para resolver os problemas de desrespeito aos direitos humanos no Pa�s.
A delega��o brasileira, liderada pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, apresentou o relat�rio com as medidas adotadas pelo governo federal entre 2008 e 2011, e ouviu sugest�es dos membros das Na��es Unidas.
A maioria das recomenda��es recaiu sobre a necessidade de melhorar o sistema prisional e a prote��o a defensores de direitos humanos. Falou-se, ainda, em aprimorar o sistema judici�rio e garantir a independ�ncia de ju�zes.
Alguns membros da ONU citaram as viola��es de direitos humanos na Usina de Belo Monte e cobraram prote��o a jornalistas e profissionais da imprensa.
Apesar de detectar defici�ncias, a comunidade internacional reconhece os esfor�os brasileiros. Os pa�ses destacaram o fato de o Brasil "quase" ter conseguido completar, dois anos antes do prazo, os Objetivos do Mil�nio, metas de desenvolvimento socioecon�micas estabelecidas em 2000 pelas Na��es Unidas para serem cumpridas at� 2015.
Durante a apresenta��o do Relat�rio do Brasil ao Mecanismo de Revis�o Peri�dica Universal - todos os 193 pa�ses-membros das Na��es Unidas s�o submetidos ao mecanismo, em m�dia, a cada quatro anos - a ministra Maria do Ros�rio, defendeu pol�ticas como os programas Brasil sem Mis�ria e o Bolsa Fam�lia, entre outras a��es de redu��o da pobreza extrema no Brasil.
Em contrapartida �s recomenda��es, a delega��o brasileira destacou investimentos no sistema prisional, que visam a cria��o de 42 mil novas vagas, e elencou a��es do governo brasileiro no combate ao tr�fico de pessoas.