PT e aliados centrar fogo em Perillo na CPMI para preservar Agnelo e Cabral

Desgastada com a revela��o de que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva manipularia a Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) de Cachoeira para "acabar com a farsa do mensal�o", a base aliada, liderada pelo PT, est� decidida a focar as investiga��es no governador de Goi�s, o tucano Marconi Perillo. A estrat�gia � preservar, neste primeiro momento, os governadores do Distrito Federal, o petista Agnelo Queir�z, e do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral, do PMDB. A matriz da Delta Constru��es tamb�m dever� ser poupada.

"N�o tem sentido a quebra de forma indiscriminada do sigilo da Delta", afirmou nesta segunda o l�der do PT na C�mara, Jilmar Tatto (SP). "N�o podemos fugir do foco. N�o � uma CPI das empreiteiras", disse o petista. Ele confirmou que a ideia � aprovar nesta ter�a, na sess�o administrativa da CPI, apenas a convoca��o de Perillo. Com essa estrat�gia, os aliados pretendem desgastar a oposi��o, em especial os tucanos que aparecem envolvidos no esquema ilegal do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "V�o transformar o Marconi em v�tima. N�o pode convocar um e deixar os outros para tr�s", disse a senadora K�tia Abreu (PSD-TO). "Ent�o, vamos convocar todos os governadores que t�m contratos com a Delta", defendeu.

Ao garantir que "ningu�m controla a CPI", o presidente da Comiss�o, senador Vital do R�go (PMDB-PB), preferiu n�o se manifestar sobre o epis�dio envolvendo o ex-presidente da Rep�blica. Lembrou apenas que dos tr�s participantes da conversa dois negaram. Para o presidente da CPI, o ministro Mendes n�o precisa ser convocado. Amigo do senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), apontado pela Pol�cia Federal como um dos integrantes do esquema de Cachoeira, Gilmar Mendes viajou com o parlamentar para Berlim.

Vital do R�go afirmou ainda desconhecer qualquer acordo para aprovar nesta ter�a apenas a convoca��o de Perillo. Mas confirmou que os requerimentos de convoca��o dos governadores ser�o votados separadamente, e n�o em bloco como defende a oposi��o. Dessa forma, os aliados poder�o aprovar a convoca��o do tucano, derrubando os requerimentos dos governadores do Distrito Federal e do Rio.