Bras�lia - Mesmo sem ser convocado pelos parlamentares, o governador de Goi�s, Marconi Perillo, foi nesta ter�a-feira ao Senado se oferecer para depor na comiss�o parlamentar mista de inqu�rito que investiga as rela��es do empres�rio Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes p�blicos e privados.
Perillo � citado em escutas telef�nicas feitas pela Pol�cia Federal que teriam como personagens integrantes do esquema de Cachoeira, suspeito de controlar um esquema de jogos ilegais em Goi�s. Em uma das grava��es, um dos membros do esquema d� a entender que levaria dinheiro para o governador, no Pal�cio das Esmeraldas, sede do governo goiano. Al�m disso, Cachoeira foi preso em uma casa que j� foi de Perillo e cuja venda ainda levanta questionamentos entre os membros da CPMI.
Em entrevista, no entanto, o governador voltou a negar que tivesse rela��es pr�ximas com o empres�rio e disse que, em apenas uma das escutas telef�nicas, ele fala diretamente com Cachoeira, para cumpriment�-lo pelo anivers�rio. “Estive com ele pouqu�ssimas vezes, em encontros absolutamente fortuitos. N�o tive jamais qualquer tipo de relacionamento com ele, a n�o ser uma vez que eu o recebi no pal�cio e dois ou tr�s poucas vezes que eu o encontrei em eventos festivos ou sociais”, disse o governador.
Perillo enfatizou ainda que nunca houve qualquer tipo de rela��o do grupo de Cachoeira com o governo do estado. “Posso assegurar e direi isso � CPI”. E acrescentou que os contratos com a Delta Constru��o, em Goi�s, s�o “muito pequenos em compara��o ao resto do pa�s”. Carlos Cachoeira � suspeito de ser s�cio oculto da Delta, que participa de diversos contratos p�blicos.
A CPMI investiga se a empresa era usada pelo empres�rio para lavar dinheiro e fraudar licita��es. Segundo Perillo, os contratos da construtora com o governo goiano est�o sendo auditados. Por fim, o governador disse que n�o est� preocupado em ter seus sigilos banc�rio, fiscal ou telef�nico quebrados.
A convoca��o de Perillo e dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral, chegou a ser colocada em pauta, nesta ter�a-feira, na reuni�o da CPMI, mas o pedido foi retirado pelo presidente da comiss�o, senador Vital do R�go. O motivo foi um questionamento sobre a prerrogativa da comiss�o para convocar governadores. Os governos de Agnelo e Cabral tamb�m t�m contratos com a Delta Constru��o.