O presidente da Funda��o Padre Anchieta, gestora da TV Cultura, Jo�o Sayad, enfrentou tempo quente em um debate de quatro horas nesta quarta na Assembleia Legislativa de S�o Paulo. Defendeu-se das acusa��es de ter promovido “desmanche” na emissora, alegando que se preocupou com crit�rios de “efici�ncia, impessoalidade e transpar�ncia”.
“Nenhum lugar em que estive nunca fiz desumanidade, desmonte, desmanche. Encosto a cabe�a no travesseiro e durmo tranquilo”, afirmou Sayad, h� dois anos pilotando um processo de enxugamento na funda��o. “Existiam deprimidos na TV, gente encostada, sem fun��o, sem sal�rio certo.”
Segundo sindicalistas, em mar�o foram demitidos 56 funcion�rios na funda��o (seriam quase mil demiss�es na gest�o). Associa��es de classe tamb�m enxergam descaracteriza��o da programa��o em virtude de disputa de publicidade e audi�ncia. Os sindicatos queriam saber qual � o “milagre” que leva uma TV a demitir tanto e ainda apregoar que produz 20 horas de programa��o di�ria.
Houve um momento tenso, quando a deputada Lecy Brand�o (PC do B) afirmou que, se Sayad tivesse acabado com o programa de hip-hop e cultura de rua Manos ? �s vezes acontece.”
Durante a audi�ncia, sindicalistas tamb�m foram cr�ticos ao espa�o cedido pela TV Cultura ao jornal Folha de S. Paulo, para um programa dominical, e � suposta ideia de extin��o do musical Ensaio, um dos cl�ssicos da emissora. Sayad considerou essa acusa��o “injusta”.