Os advogados da Delta pediram nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda a quebra nacional dos sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico da empresa decretada pela CPI do Cachoeira. Para tentar convencer o STF, a defesa sustenta que as investiga��es da CPI deveriam ficar restritas � regi�o Centro-Oeste.
Na a��o, cujo pedido de liminar dever� ser decidido nos pr�ximos dias pela ministra Rosa Weber, os advogados afirmam que a Delta tem mais de 30 mil funcion�rios atuando em mais de 20 Estados. E segundo eles, a CPI � destinada a apurar supostas atividades il�citas do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tido por parlamentares como "o maior bicheiro do Centro-Oeste" e atuante em cinco Estados.
Al�m disso, a defesa argumenta que no pedido de quebra de sigilo havia a informa��o de que Cachoeira era ligado ao ent�o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cl�udio Abreu. "Ou seja, tal requerimento restringia a atua��o de Carlos Cachoeira na regi�o Centro-Oeste e abordava suas liga��es com um ex-representante da Delta atuante naquele mesmo espa�o geogr�fico", alega.
Os advogados concluem que a quebra dos sigilos n�o foi devidamente fundamentada j� que a CPI investiga fatos de uma regi�o espec�fica, mas determina uma devassa de �mbito nacional. "A cita��o de reportagens jornal�sticas sobre o suposto crescimento do faturamento da empresa Delta, por si s�, n�o � fundamento para se devassar as liga��es telef�nicas efetivadas pelos 30 mil funcion�rios da impetrante, sob o gen�rico e abstrato argumento de que toda a atividade da empresa estaria sob suspei��o", completa a defesa.