A marca��o do julgamento do mensal�o para 1º de agosto dividiu a opini�o de dois dos principais r�us da a��o penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Denunciado pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou ontem considerar “um erro colocar o julgamento disputando o espa�o com as elei��es”. J� o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, acusado de forma��o de quadrilha e corrup��o ativa, disse, por meio de assessores, estar “satisfeito” com a defini��o da data, embora tenha trabalhado nos bastidores pelo adiamento do caso para 2013.
Nos partidos, a avalia��o � de que a an�lise do processo �s v�speras das elei��es municipais n�o vai interferir no resultado do pleito. Se de um lado petistas avaliam que o julgamento paralelamente � campanha eleitoral n�o vai atrapalhar as pretens�es do PT, de outro, os tucanos enxergam o risco de um reflexo negativo para o partido do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva na disputa pela Prefeitura de S�o Paulo.
L�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) considera que as campanhas nos munic�pios n�o ser�o atingidas pelo fato de o julgamento ocorrer paralelamente ao julgamento. O tucano, por�m, alerta para um poss�vel desgaste do PT na capital paulista. “Quando h� uma elei��o nacionalizada, como a de S�o de Paulo, o reflexo � inevit�vel. Principalmente pela presen�a do presidente Lula na campanha (do ex-ministro da Educa��o Fernando Haddad) e pela inevit�vel conex�o que h� entre ele e o mensal�o, inclusive com a tentativa de adiar o julgamento”, afirmou o senador.
Resultados O deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP) descarta, por sua vez, o risco de interfer�ncia do julgamento do mensal�o nos resultados do pleito. Ele repete o discurso de que “o Brasil sabe que o mensal�o n�o existiu” e diz acreditar que o STF julgar� o caso com independ�ncia. Questionado se uma eventual condena��o dos r�us filiados ao PT tem potencial para desestabilizar a legenda, ele respondeu que o mensal�o n�o ter�, nesta elei��o, “mais interfer�ncia do que teve em 2006”. “Naquele ano, tivemos um processo com ampla participa��o da m�dia, mas o PT foi o partido mais votado, com 500 mil votos a mais que o PMDB para deputado federal”, destacou.