O Pal�cio do Planalto desautorizou neste s�bado o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho (PMDB), "a falar sobre negocia��es do C�digo Florestal". Irritada com o vazamento de not�cias dando conta de que o governo estaria disposto a negociar com o Congresso modifica��es na Medida Provis�ria (MP) que trata do novo C�digo Florestal, a presidente Dilma Rousseff tornou p�blica a proibi��o ao ministro Mendes Ribeiro de falar sobre as negocia��es.
O pux�o de orelhas palaciano no ministro veio depois de um encontro reservado entre Dilma e Mendes, nesta sexta-feira, seguido de rumores sobre a disposi��o do governo de negociar mudan�as na MP do C�digo, redigida pessoalmente pela presidente. Em vez de simplesmente vetar a proposta do Congresso, Dilma resolveu apresentar a contraproposta do governo em forma de MP, que volta agora a exame de deputados e senadores.
"Pedi � minha assessoria que corrigisse qualquer not�cia dizendo que eu teria afirmado que haveria negocia��o do C�digo Florestal", explicou Mendes Ribeiro Filho, ao lembrar que comentara apenas sobre o grande n�mero de emendas parlamentares � MP que trata do assunto. Indagado sobre a rispidez do Planalto desautorizando-o a falar sobre negocia��es, em lugar de apenas esclarecer que o C�digo Florestal nem sequer havia sido tema da conversa do ministro com a presidente, Mendes Ribeiro n�o se alterou.
"Vai ver que era s� para esclarecer, mas o assessor estava mal humorado", ironizou. "N�o vou me incomodar com isto de jeito nenhum, at� porque n�o conversei com a presidenta sobre C�digo e n�o sou eu quem tem que fazer a negocia��o pol�tica", completou.
Para o ministro, a "etapa da Agricultura no C�digo Florestal j� passou e o minist�rio cumpriu seu papel". Mendes concorda com o Planalto no entendimento de que o governo deseja que "as coisas tenham seu curso natural e que "quem negocia � quem negocia, e quem articula � quem articula. N�o eu" Segundo ele, o que o governo tinha de se manifestar, j� o fez na MP. Agora, cabe ao Congresso falar. "E n�o falar� a n�o ser pela �rea pol�tica do governo."