Bras�lia - Para tentar provar que n�o mantinha rela��o com o empres�rio Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, o governador Marconi Perillo (PSDB) disse nesta ter�a-feira que colocou a pol�cia de seu estado no combate ao crime organizado e �s atividades ilegais, supostamente comandadas pelo empres�rio.
Para convencer os deputados e senadores que fazem parte da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira, Perillo citou um di�logo interceptado pela Pol�cia Federal do empres�rio com a mulher dele, Andressa Mendon�a, no qual ele estaria reclamando da a��o do governo.
Perillo � investigado por manter rela��es com a organiza��o criminosa investigada pelas opera��es Monte Carlo e Vegas. Ele � suspeito de receber pagamentos e de se beneficiar de doa��es do empres�rio Carlinhos Cachoeira em troca de favorecimento em licita��es.
A fala inicial do governador durou uma hora e 15 minutos, excedendo o tempo regulamentar de 25 minutos normalmente dedicado �s testemunhas. Ao final do depoimento, ele foi aplaudido por dezenas de aliados pol�ticos que o acompanharam.
O governador disse ainda que a venda de sua casa ocorreu de forma legal e que n�o sabia que o ex-vereador de goi�nia Wladimir Garcez, que intermediou a compra, havia tomado empr�stimos com terceiros para aquisi��o da casa. "S� soube disso quando Wladimir Garcez veio aqui, � CPMI, prestar depoimento. Inicialmente ele se apresentou como comprador e depois repassou o negocio", disse Perillo. "Enquanto outros fazem esquemas eu sou acusado de ter vendido uma casa de minha propriedade e dentro da lei", defendeu-se.
Na avalia��o de deputados e senadores da CPMI, a apura��o das circunst�ncias em que a casa foi vendida servir� para tentar esclarecer o grau de proximidade do governador com o Cachoeira.
Santiago disse ter comprado a casa em nome da empresa Mestra, com R$ 1,4 milh�o, pagos � vista e em dinheiro. A informa��o contrasta com a anteriormente prestada por Perillo e por Wladimir Garcez, que informaram que o pagamento foi feito em cheques. No depoimento de hoje, o governador negou proximidade com Cachoeira.