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Estado de Minas

Blindagem refor�ada na CPI do Cachoeira

Em uma sess�o tumultuada, com bate-boca por causa da den�ncia de uma tropa de cheque, parlamentares adiam a vota��o das convoca��es do dono da Delta e de ex-diretor do Dnit


postado em 15/06/2012 06:00 / atualizado em 15/06/2012 08:24

Bras�lia – O trator governista entrou mais uma vez em a��o e atropelou ontem qualquer tentativa de avan�o na investiga��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do Cachoeira. A pedido do relator Odair Cunha (PT-MG), a comiss�o adiou as convoca��es do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, aquele que garantiu comprar qualquer senador da Rep�blica por R$ 6 milh�es; e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) Luiz Antonio Pagot, candidato a homem-bomba da CPI. A oposi��o esperneou, amea�ou se retirar da sess�o e decretou a “morte” da comiss�o. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), mesmo sendo da base governista, reagiu e denunciou uma “tropa de cheque”, formada por deputados e senadores, alguns deles integrantes da CPI, que teriam almo�ado com Cavendish em Paris na semana santa, ap�s viagem em miss�o oficial a Uganda, na �frica.

� noite, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que integra a comiss�o, disse que se encontrou com Cavendish casualmente, durante almo�o num restaurante em Paris. Os deputados Dudu da Fonte (PP-PE) e Maur�cio Quintela (PR-AL), integrante da CPI, acompanhavam o senador. Eles estavam com suas mulheres e, conforme Ciro Nogueira, o dono da Delta estava sentado em outra mesa. O parlamentar diz que apenas o cumprimentou. “� uma molecagem o que est�o dizendo agora. Miro aproveitou o momento em que eu n�o estava na sala para falar isso”, afirmou.

Ontem, quando o relator se posicionou contra a convoca��o de Cavendish, Ciro Nogueira foi o primeiro a se inscrever para apoiar o encaminhamento proposto pelo deputado Odair Cunha.

O termo “tropa de cheque”, que causou bate-boca e constrangimento, surgiu durante depoimento do governador Agnelo Queiroz (PT-DF), na quarta-feira, que se confundiu e trocou as palavras. Ele queria dizer que n�o tinha levado nenhuma “tropa de choque” para o plen�rio da comiss�o. Ontem, a express�o, repetida por Miro Teixeira, foi o combust�vel para in�cio de uma grande confus�o. “Eu n�o sou da bancada do cheque. O senhor precisa ter responsabilidade. Esta CPI tem foco. Chamar o Pagot aqui � para discutir contribui��es de campanha. Isso n�o � foco da CPI. Temos que examinar a organiza��o criminosa do senhor Cachoeira”, atacou Vaccarezza.

O parlamentar carioca rebateu. “Que medo � esse? � o medo da revela��o da verdade. Esta comiss�o fica sob suspeita, sim. Revela uma tropa de cheque. Se eu tivesse um nome, faria uma den�ncia”, afirmou Miro. No fim da sess�o, ele encaminhou requerimento pedindo informa��es ao Senado e � C�mara para ter todo o detalhamento da miss�o oficial.

Not�cia-crime

Com o adiamento dos depoimentos, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) resolveu criar uma esp�cie de CPI paralela para ouvir Pagot, com o apoio de outros integrantes, numa sala do Congresso. Miro ressaltou que o drible no relator n�o fere o regimento. “Vamos comunicar a not�cia-crime e chamar um delegado da Pol�cia Federal para tomarmos o depoimento do Pagot por termo. Ser� uma sess�o p�blica, presidida pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). Ele j� topou e vai aproveitar a pr�xima semana, quando n�o haver� sess�o, para conversar com o Pagot.”

 O adiamento do depoimento de Cavendish foi aprovado por 16 votos a 13. No caso de Pagot, o placar ficou em 17 a 13. Ap�s o resultado ser proclamado, um grupo de integrantes da CPI, grande parte da oposi��o, amea�ou se retirar da sala. O deputado Bruno Ara�jo (PSDB-PE), l�der do partido na C�mara, disse que estava envergonhado. Mas pouco antes, o PSDB foi ridicularizado por ter apresentado requerimento pedindo a convoca��o da presidente Dilma Rousseff. A solicita��o foi assinada pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Fernando Francischini (PSDB-PR), Domingos S�vio (PSDB-MG) e Vanderlei Macris (PSDB-SP). O presidente da CPI, senador Vital do R�go, citando a Constitui��o federal, afirmou que nem iria receber o requerimento. Na pr�xima semana n�o haver� nenhuma sess�o da CPI do Cachoeira. (Colaboraram Adriana Caitano e Karla Correia)

 

 


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