Bras�lia – O governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), rebateu, por meio de sua assessoria de imprensa, as declara��es do relator da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), de que ele teria mentido em seu depoimento na comiss�o. De acordo com Perillo,o relator est� tentando "requentar" o assunto da venda de sua casa, fato que, em sua avalia��o, j� foi devidamente explicado.
"Como n�o encontrou nenhum ind�cio de liga��o do governador com a Delta ou com o esquema do senhor Carlos Cachoeira, tenta mais uma vez requentar o assunto da casa, j� devidamente explicado e entendido pelas pessoas isentas", informou a assessoria de Perillo. Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, � investigado por liga��o com o jogo do bicho e atos de corrup��o que sup�em-se ainda envolver pol�ticos e outros empres�rios.
A avalia��o de Odair Cunha foi feita ap�s o depoimento do arquiteto Alexandre Milhomem, prestado hoje � comiss�o. O arquiteto informou que foi contratado por Andressa Mendon�a, mulher de Cachoeira, para decorar a casa em que ela moraria provisoriamente. Pelo servi�o, Milhomem disse ter recebido R$ 50 mil, pagos em cinco parcelas de R$ 10 mil. O arquiteto tamb�m calculou que as compras de m�veis e objetos de decora��o para a casa somaram cerca de R$ 500 mil e foram pagos por Andressa.
As grava��es interceptadas pela PF indicam que os servi�os prestados pelo arquiteto foram contratados em maio de 2010, antes que ocorresse a negocia��o do im�vel da forma como o governador relatou � comiss�o. Em fevereiro, a PF prendeu Cachoeira nessa casa.
Perillo, em seu depoimento, negou ter vendido a casa para Cachoeira. Ele disse que vendeu o im�vel ao empres�rio Walter Paulo Santiago, dono da faculdade Padr�o. Na nota, divulgada pela assessoria, o governador n�o d� explica��es sobre os argumentos levantados pelo relator e nem sobre as informa��es prestadas pelo arquiteto. Perillo questiona a "isen��o" do relator para conduzir as investiga��es.
"O deputado [Odair Cunha] veio v�rias vezes a Goi�s tentando achar qualquer a��o ou ato que incrimine o governo de Marconi. Se o deputado fosse isento, poderia ter aproveitado suas viagens para verificar a rela��o da Delta com a regional do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte] e as prefeituras de Goi�nia, An�polis, Catal�o e Aparecida de Goi�nia", diz a nota.
"Querer condenar um governador, em terceiro mandato, pela venda de um bem pessoal, vendido a pre�o de mercado, escriturado pelo valor da venda e declarado � Receita Federal � um ato insano e de m�-f�.