Bras�lia - Ao depor nesta quinta-feira, na Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI), Cl�udio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, negou ter liga��es com a organiza��o criminosa que, de acordo com investiga��o da Pol�cia Federal, � comandada pelo empres�rio goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Monteiro negou ainda a exist�ncia de liga��es do governo do Distrito Federal com o empres�rio apontado como comandante de rede de jogos ilegais.
"Posso lhe assegurar que o senhor Carlos Cachoeira nunca ligou para o gabinete do governador Agnelo", disse Monteiro que tamb�m negou ter falado com o empres�rio. Monteiro compareceu para depor amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que garantia seu direito ao sil�ncio. No entanto, Monteiro decidiu falar em sua defesa. Ele entregou � comiss�o um documento no qual abriu m�o de seus sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico.
Ele tamb�m negou ter recebido dinheiro do grupo criminoso e influenciado em nomea��es na Servi�o Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal. "Cad� o r�dio? Cad� a propina? Cad� o tr�fico de influencia? Cad� a facilita��o na licita��o?", questionou. "Essas s�o perguntas que mere�o receber resposta. Preciso delas como preciso de oxig�nio".
Ele colocou � disposi��o da CPMI tamb�m os sigilos de seus filhos. "Se necess�rio for, abro m�o dos sigilos por 20 anos, por 30 anos, por toda minha vida", destacou. "Entrego os sigilos dos meus filhos porque dizem que fiz de meu filho meu laranja", completou.
Monteiro disse que tomou a decis�o de deixar o governo, ap�s a divulga��o das den�ncias para n�o influenciar nas investiga��es. "Sa� do governo para que, sem a prerrogativa do foro, pudesse ser tudo apurado."