Bras�lia – A rotina pr�-eleitoral come�a a invadir ruas, pra�as e a internet esta semana. A partir de sexta-feira, dia 6, a propaganda partid�ria passa a ser permitida. Nas r�dios e TV a presen�a dos candidatos s� a partir de 21 de agosto, mas, nos bastidores, uma das principais ferramentas das campanhas j� est� pronta para ir ao ar: o jingle. Entre os m�sicos e publicit�rios que dominam esta importante pe�a de propaganda, a rotina de servi�o est� a todo o vapor. Em Teresina (PI), o m�sico L�zaro Jos� da Silva apressa-se para encontrar uma plateia de pol�ticos, assessores, cabos eleitorais e outros que gravitam em torno dos palanques em ano de campanha municipal. � noite de uma quinta-feira e eles aguardam para ouvir L�zaro explicar como fazer um bom “chiclete de ouvido”, t�tulo da palestra que ele j� repetiu oito vezes, por todo o pa�s.
Brigas por jingles s�o comuns. Em Salvador (BA), meca do marketing pol�tico, o compositor Ger�nimo entrou com a��o na Justi�a contra o DEM alegando uso indevido do jingle ACM, meu amor, um cl�ssico eleitoral em terras baianas, criado para a candidatura de Ant�nio Carlos Magalh�es ao governo do estado, em 1990. Em 2008, o deputado ACM Neto voltou a usar o jingle e o imbr�glio come�ou. Ger�nimo pleiteia R$ 500 mil. O DEM alega ter comprado os direitos autorais da m�sica. A batalha rola na 10ª Vara C�vel da Justi�a estadual.
A maior parte dos compositores evita falar publicamente sobre seu trabalho. Cria��o de uma equipe, o jingle do candidato do PSDB � Prefeitura de S�o Paulo (SP), Jos� Serra, s� foi divulgado no dia da conven��o que oficializou a candidatura do tucano. Uma adapta��o do hit Eu quero tchu, eu quero tcha, o jingle pegou de surpresa os pr�prios int�rpretes da m�sica, a dupla Jo�o Lucas e Marcelo. No outro lado da disputa, a equipe do marqueteiro Jo�o Santana, respons�vel pela campanha de Fernando Haddad, tamb�m faz mist�rio sobre o jingle do petista, que chegou a ter uma pe�a composta exclusivamente para o an�ncio de sua candidatura.
Sujeira propagada

Quem observa a sujeira por Belo Horizonte atenta logo para um nome: Bebeto. S�o centenas de cartazes com a foto de Bebeto e um n�mero de telefone imenso, dizendo que faz camisetas, cartazes, banners e toda sorte de material de campanha. O detalhe � que os �ltimos cinco d�gitos do telefone s�o destacados e d�o a dica de que ali est� o n�mero que ele usar� para ser candidato a vereador pelo PT. Em outros muros est�o apenas o nome Bebeto e o s�mbolo do PT. Quem tenta ligar para encomendar publicidade para campanha n�o consegue. O Estado de Minas tentou durante tr�s dias da semana passada falar com Bebeto nesse n�mero, em v�o. De acordo com o TRE, at� o momento n�o h� nenhum caso de propaganda irregular protocolada no Tribunal.