Roberto Brant deixa PSD por discordar de inger�ncia de Kassab em BH

O novo PSD n�o resiste � primeira campanha pol�tica sem baixas. Nesta segunda-feira, Roberto Brant, vice-presidente nacional, formalizar� o seu desligamento, encaminhando � executiva nacional o pedido de desfilia��o. O piv� da decis�o: a interven��o do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, junto � bancada federal mineira, orientando, sem consulta pr�via � executiva estadual e municipal, ao apoio � candidatura de Patrus Ananias (PT).

O PSD havia aprovado, em conven��o realizada em 23 de junho, o apoio � candidatura de Marcio Lacerda (PSB), al�m da chapa proporcional em coliga��o com o PPS. A conven��o antecede a ruptura entre o PT e o PSB, quando se esperava que o PT indicasse o vice da chapa de Lacerda. Brant critica n�o o apoio a Patrus, mas os m�todos de Gilberto Kassab. “Fiquei indignado quando soube que o prefeito de S�o Paulo tomou um avi�o e foi a Bras�lia orientar os deputados federais a mudar a sua posi��o pol�tica nesta elei��o. Veja que eu acho que seria muito natural que o partido aqui apoiasse Patrus Ananias, ali�s, uma das poucas pessoas do mundo pol�tico com quem tenho prazer em conviver. Mas o processo n�o foi esse”, considerou.

Segundo Brant, o PSD tem um ano de exist�ncia e a executiva nacional nunca se reuniu. “Todas as decis�es s�o tomadas por Kassab. Quando foi criado, o argumento era para libertar os filiados do DEM da escravid�o partid�ria. Na pr�tica, o PSD se tornou o partido mais personalista do pa�s. As decis�es s�o tomadas por Kassab secretamente. O PSD se tornou um partido secreto”, disse Brant.

Na avalia��o de Roberto Brant, Kassab quis fazer um gesto em dire��o de Dilma Rousseff e de Lula, passando por cima da legenda em Minas. “Se o Marcio Lacerda cumpriu ou deixou de cumprir acordo com o PT, o que desconhe�o, n�o � assunto do PSD. O PSD n�o � fiscal do PT”, afirmou Brant. Em sua avalia��o Kassab ficou devedor do PT de S�o Paulo, por ter mudado de lado na elei��o � prefeitura. “Ele ficou devendo favor e quis pagar com Belo Horizonte. Mas Belo Horizonte n�o � moeda de pagamento de favores”, disse, referindo-se ao fato de o PSD ter em S�o Paulo sinalizado, em princ�pio com apoio ao PT e, na sequ�ncia, aderido � candidatura de Jos� Serra (PSDB).

“Estou saindo. A interven��o em Belo Horizonte foi, para mim, o limite”, afirmou. “N�o vou patrocinar um partido que teve vit�rias nos tribunais e agora usa isso com interesse puramente pessoal”, acrescentou.