Procurador acusa prefeito do Rio de uso da m�quina p�blica

Menos de uma semana ap�s o in�cio da campanha eleitoral, o prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) j� contabiliza tr�s den�ncias de abuso de poder pol�tico em sua corrida pela reelei��o. Na �ltima segunda-feira, o procurador regional eleitoral Maur�cio da Rocha Ribeiro recomendou ao Minist�rio P�blico Eleitoral que fa�a uma representa��o contra o prefeito pelo uso da m�quina p�blica na campanha.

A solicita��o foi feita ap�s o prefeito posar para fotos no Pal�cio da Cidade com o jogador de futebol Clarence Seedorf, rec�m contratado pelo Botafogo. A legisla��o eleitoral pro�be ao agente p�blico em campanha o uso em benef�cio pr�prio de bens ou im�veis da administra��o p�blica. Segundo Ribeiro, a campanha do prefeito � "agressiva e escancarada" e o gesto com o jogador uma "clara troca de favores".

"Est� mais do que caracterizado um ato de abuso de poder pol�tico", afirmou o procurador. "O prefeito deveria pedir licen�a do cargo para ficar mais confort�vel."

A��o

Os promotores ainda devem avaliar se instauram uma a��o contra Eduardo Paes, mas os candidatos de oposi��o j� estudam medidas para acionar judicialmente o prefeito. Para Ot�vio Leite, candidato do PSDB � prefeitura, Paes vive uma fase de 'oba-oba' eleitoral. "A origem dessa vol�pia � t�pica de um coronelismo, do dom�nio sobre todas as correntes. Vamos examinar as a��es e o corpo jur�dico do PSDB estuda outras medidas contra essa postura", afirmou.

A campanha do prefeito conta com uma ampla coliga��o formada por 19 partidos. Ele ter� mais de 16 minutos na propaganda eleitoral gratuita no r�dio e na TV, mais do que os sete advers�rios somados, que devem contar com menos de 14 minutos. O prefeito tamb�m � o candidato que estima gastar mais durante a campanha, um total de R$ 25 milh�es segundo o registro de sua candidatura. Os outros cinco principais candidatos � prefeitura do Rio esperam arrecadar cerca de R$ 23 milh�es.

Em nota, a assessoria da campanha de Eduardo Paes se limitou a informar que ele continuar� a desempenhar suas fun��es administrativas e de representa��o. "A campanha do prefeito preza sempre pelo respeito � lei."

Na segunda-feira, Paes tamb�m foi questionado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, Luiz Zveiter, pelo uso de grava��es e telemarketing para pedir votos aos eleitores. Zveiter afirmou que a pr�tica � ilegal. Na �ltima sexta, Paes j� tinha sido orientado pela Procuradoria Eleitoral a n�o comparecer � inaugura��o de obras p�blicas ao lado da presidente Dilma Rousseff. O prefeito acompanhou as inaugura��es mas n�o discursou.