
O partido de Kassab foi registrado em duas coliga��es na campanha de BH, constando como aliado de Patrus e do prefeito Marcio Lacerda (PSB). At� 23 de agosto, a Justi�a Eleitoral ter� de decidir em qual das duas chapas ser� deferida a sua presen�a. A conven��o municipal, em 23 de junho, escolheu o socialista, mas no dia do registro das candidaturas no TRE-MG foi apresentado por uma comiss�o interventora formada pelos deputados federais Walter Tosta, Diego Andrade e Ademir Camilo e o presidente estadual do PSD, Paulo Sim�o, um documento determinando a coliga��o com o PT.
A fundamenta��o para pedir a retirada do PSD da chapa petista � de que a conven��o municipal � v�lida e foi realizada sem que houvesse interven��o, tendo autonomia para decidir sobre os candidatos. A ata n�o delegou � Executiva poderes para alterar posteriormente a decis�o. O argumento � de que s� caberia � inst�ncia nacional alterar o resultado, se essa formaliza��o local n�o fosse feita. A a��o alega ainda que uma eventual interven��o teria de ser publicada no Di�rio Oficial da Uni�o, o que n�o teria sido feito.
O principal trunfo, na avalia��o dos membros do PSD municipal, � o fato de Kassab ter decidido pela interven��o sem reunir a Executiva. Segundo alegam na a��o, a senadora K�tia Abreu (TO), primeira vice-presidente nacional, e o ex-vice-presidente Roberto Brant (MG) – que se desfiliou devido ao imbr�glio –, ser�o testemunhas de que n�o houve defini��o coletiva. A exig�ncia est� no artigo 60 do estatuto partid�rio. “A senadora K�tia Abreu e o vice-presidente Roberto Brant se colocaram � disposi��o para testemunhar que, em um ano e meio de cria��o do partido, a Executiva Nacional jamais se reuniu e muito menos foi chamada para decidir sobre essa interven��o aqui”, afirmou Silveira.
“Trucul�ncia”
O secret�rio est� convencido de que a Justi�a Eleitoral vai acatar a retirada do PSD da coliga��o do PT devido a irregularidades formais detectadas na a��o. “Al�m de estarem querendo passar por cima da vontade dos convencionais, cometeram um ato completamente abusivo, truculento, violento e acima de tudo ilegal, quando o presidente interveio num ato convencional no �ltimo dia de registro fora do per�odo de conven��es”, afirmou.
Questionado sobre uma poss�vel desfilia��o, a exemplo do que fez Roberto Brant, o secret�rio desconversou. “Quero acreditar que vamos construir um partido como era discurso do nosso presidente nacional: com democracia interna, ouvindo seus membros, respeitando as peculiaridades dos munic�pios e estados. N�o fomos perguntar ao presidente Kassab se ele deveria ou n�o apoiar o Serra (Jos� Serra, candidato a prefeito de S�o Paulo), portanto, n�o queremos que S�o Paulo e Bras�lia construam uma candidatura em BH”, afirmou. Apesar de investido no cargo de secret�rio de estado, Silveira negou que estivesse em hor�rio de servi�o ao comparecer de tarde no TRE-MG. “�s vezes fico na secretaria at� as 23h, portanto n�o h� nenhum problema eu estar aqui �s 15h cumprindo uma miss�o institucional importante para os belo-horizontinos.”